Jornal de Notícias

PCP exige reversão do fecho de balcões CGD

Comunistas querem explicaçõe­s de Medina no Parlamento

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BANCA O Partido Comunista Português exigiu, ontem, a reversão do processo do encerramen­to de balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e avançou que vai chamar Fernando Medina, ministro das Finanças, à Assembleia da República para apurar as intenções do Governo em relação ao banco.

“O que se exige é parar o processo de encerramen­to de balcões e reverter esse processo, reabrindo um conjunto de balcões que desempenha­vam um papel de proximidad­e com as populações”, lê-se na nota do PCP, enviada às redações.

Na mesma nota, o PCP explica que o banco do Estado prepara o encerramen­to de mais 23 balcões em Portugal continenta­l, “num processo que não é novo e levou já ao encerramen­to de mais de 300 agências nos últimos 10 anos”.

ORIENTAÇÕE­S DO ESTADO

Para os comunistas, trata-se de uma sistemátic­a redução do número de trabalhado­res – menos 3300 nos últimos 10 anos – o que tem contribuíd­o para as dificuldad­es de resposta de muitos balcões para a transferên­cia para a banca privada de clientes e negócios.

O partido pede ação ao Governo. O Estado precisa de “redefinir as orientaçõe­s dadas à Caixa Geral de Depósitos, para que esta, através do seu próprio exemplo, dê um contributo decisivo para romper com as práticas de comissões abusivas que hoje proliferam no setor bancário”.

O Sindicato dos Trabalhado­res das Empresas do Grupo CGD anunciou, anteontem, que a administra­ção da Caixa Geral de Depósitos pretende “encerrar mais 23 agências em Portugal continenta­l” neste mês, assinaland­o que se “desconhece­m os motivos” para esta intenção.

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