Jornal de Notícias

Aumenta procura de casa por quem tem entre 35 e 44 anos

Estudo da Imovirtual revela que, no primeiro semestre do ano, Braga foi o distrito onde o cresciment­o do número de interessad­os em ter habitação própria mais cresceu

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IMOBILIÁRI­O A faixa etária dos 35 aos 44 anos represento­u, no primeiro semestre deste ano, 24% da procura de casa no Imovirtual, o que representa um cresciment­o de 18% em relação ao semestre anterior e se traduz na passagem do terceiro para o primeiro lugar na distribuiç­ão por grupos etários dos que mais tentaram encontrar uma habitação, de acordo com um estudo deste portal, que tem o maior número de imóveis para transação em Portugal.

No último semestre de 2021, haviam sido as pessoas entre os 25 e 34 e as entre os 45 e 54 anos que mais procuraram casa (ambos a representa­rem cerca de 20% do total da procura), verificand­o-se agora uma estabiliza­ção por parte destes grupos. A faixa etária que menos procurou casa no primeiro semestre deste ano foram as pessoas entre os 18 e os 24 anos (11,2%), ainda assim com um ligeiro cresciment­o de 5% face ao semestre anterior. O grupo dos 55-64 anos é o que regista uma maior diminuição de procura (-16%) neste período.

“O cresciment­o da procura de casa por pessoas entre os 35 e os 44 anos, nos primeiros seis meses deste ano, pode estar relacionad­o com uma tendência demográfic­a já apontada por diversas fontes, de alguma recuperaçã­o ao nível da natalidade. O cresciment­o do agregado familiar representa novas necessidad­es ao nível da habitação, o que pode estar associado a estes dados que agora verificamo­s”, comenta Ricardo Feferbaum, diretor-geral do Imovirtual.

Em termos gerais, continuara­m a ser as mulheres que mais procuraram casa no primeiro semestre de 2022 (54%, versus 46% de homens), ainda que o utilizador masculino tenha registado um aumento de procura de casa de 6%.

A nível regional, é Braga o distrito que registou o maior aumento de procura comparativ­amente ao semestre anterior (+14%). Também se verifica cresciment­o da procura de casa, para compra e arrendamen­to, em Setúbal (+9%), Lisboa (+8%), Faro (+7%), Aveiro (+6%).

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Alguma recuperaçã­o da natalidade e cresciment­o do agregado familiar podem explicar aumento da procura

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