Jornal de Notícias

“Espero que a minha mãe esteja agora livre da dor”

Filho mais velho de Anne Heche reagiu à sua morte num texto público. Atriz perdeu a vida aos 53 anos, seis dias depois de um violento acidente. Exames ao sangue da atriz detetaram a presença de drogas

- Sara Oliveira pessoas@jn.pt

LUTO Homer Laffoon, de 20 anos, o filho mais velho de Anne Heche, manifestou-se publicamen­te sobre a morte da atriz, aos 53 anos, através de um comunicado divulgado pela revista “People”. Nesse emotivo texto, resume o que viveu nos últimos dias, desde o acidente aparatoso a 5 de agosto que vitimou a mãe.

“Depois de seis dias de inacreditá­veis oscilações emocionais, sinto agora uma tristeza profunda e sem palavras. Espero que a minha mãe esteja agora livre da dor e a começar a explorar o que eu gosto de imaginar como a sua liberdade eterna”, escreveu Homer. Antes, referiu também o irmão Atlas Tupper, de 13 anos, e agradeceu o apoio recebido, principalm­ente do pai, Coley Laffoon, e da madrasta, Alexis.

A apresentad­ora Ellen DeGeneres também lamentou a morte da atriz, com quem namorou de 1997 a 2000. “Este é um dia triste. Estou a enviar aos filhos, familiares e amigos de Anne todo o meu amor”, partilhou. Após o fim do relacionam­ento das duas, Anne ficou com o carro parado numa rodovia da Califórnia, Estados, por falta de combustíve­is, acabando por andar mais de um quilómetro a pé, vestida apenas de calções e sutiã, até casa de uma estranha.

TINHA DROGAS NO SANGUE

O fim da relação com Ellen DeGeneres terá deixado marcas profundas em Anne. Em 2000, acabou no hospital, onde se percebeu que consumia ecstasy, facto confirmado depois pela própria. Abusada pelo pai, Heche cedo contrariou os traumas de infância com excessos, acabando detida em vários momentos. No seu livro “Call me crazy”, diz que viveu no limite até aos 31 anos.

Na atualidade, a sua morte e o acidente de carro que a provocou estão a ser investigad­os como delito, depois de o exame toxicológi­co ter detetado cocaína e fentanil (opioide analgésico que também matou Prince, em 2016, por overdose) no seu sangue. Oficialmen­te, coloca-se agora a hipótese de estar a conduzir sob efeito de drogas quando bateu com o carro. A colisão fatídica contra uma casa de dois pisos, em Los Angeles, e o incêndio que se seguiu, provocaram-lhe graves queimadura­s, uma lesão pulmonar e, como se soube mais tarde, lesões cerebrais que puseram Anne em coma irreversív­el. Foi mantida ligada a máquinas com o objetivo de apurar a viabilidad­e da doação de órgãos, como era seu desejo.

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deles menor
↓ Anne Eche deixa dois filhos, um deles menor

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