Idosos reclamam aumento das pensões
Movimento avisa Governo que pobreza está a agravar-se
A Confederação Nacional Reformados, Pensionistas e Idosos – MURPI exigiu ao Governo o aumento extraordinário das pensões e a reposição do poder de compra, lembrando que “com as pensões a minguar a pobreza é cada vez maior”. Em comunicado ontem divulgado, o MURPI lembra que o agravamento do custo de vida, impulsionado pela subida constante da inflação, provoca a subida de preços de bens essenciais como produtos energéticos, alimentação, rendas e custos com a saúde.
O MURPI considera que a recusa do Governo em aumentar extraordinariamente as pensões, a pretexto de não criar a chamada espiral inflacionista, “condena milhares de reformados, pensionistas e idosos a viverem com dificuldades acrescidas para se alimentar, contribuindo para a elevação da pobreza entre as pessoas idosas, ao mesmo tempo que se agravam as desigualdades sociais”.
AUMENTOS ESPECULATIVOS
“Não é o aumento de salários e de pensões que faz aumentar a inflação, mas sim o forte aumento dos preços dos combustíveis, da energia e dos bens alimentares, aumentos feitos por via especulativa, aproveitando o pretexto da guerra”, considera o MURPI.
O MURPI continua a exigir do Governo que “proceda de imediato ao aumento extraordinário de todas as pensões”, lembrando que reformados, pensionistas e idosos “não podem esperar mais tempo e é urgente e necessário a tomada de medidas, no imediato, que travem este brutal aumento de custo de vida que vai tornar o inverno mais penoso e desolador”. Recordam o aumento da taxa de pobreza, que passou de 15,7% em 2019 para 18% em 2020.