Jornal de Notícias

PCP quer que Governo trave subida das rendas

Partido aponta quatro medidas para fazer face à especulaçã­o

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HABITAÇÃO O PCP pediu ontem a intervençã­o do Governo para travar a atualizaçã­o das rendas, proteger as famílias da denúncia de contratos de arrendamen­to e suspender a execução de hipotecas, em vez da “repetição de promessas sempre incumprida­s”. “Urge enfrentar os interesses dominantes no mercado habitacion­al com a assunção pelo Governo das medidas e investimen­tos que asseguram o direito a uma habitação condigna”, sustentou o dirigente comunista João Dias Coelho, em conferênci­a de imprensa, na sede do partido, em Lisboa. Para os comunistas, a crescente especulaçã­o, a acumulação de lucros e a crescente inflação exigem a intervençã­o do executivo. Assim, o partido apela a que este impeça a atualizaçã­o do valor das rendas e que garanta a redução geral dos spreads bancários.

DENÚNCIA DE CONTRATOS

A direção do partido apelou ainda a que o Governo socialista impeça a denúncia dos contratos de arrendamen­to nas casas que sejam morada de família e que suspenda as hipotecas sobre imóveis que sejam habitação própria.

No passado, o PCP já avançou com projetos-lei neste sentido na Assembleia da República, mas todos foram chumbados. João Dias Coelho denunciou ainda o aumento dos preços das rendas devido à especulaçã­o que é agravada por uma política de baixos salários e precarieda­de laboral. “Lisboa é a terceira cidade mais cara do Mundo para se viver. Um estudo recente revela que, para um valor de salário médio em Lisboa de 1037 euros, o valor médio de arrendamen­to de um T3 é 1625 euros, tornando assim incomportá­vel o acesso à habitação para a maioria da população”, acrescenta.

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