PJ conta ter mais 550 inspetores num “par de anos”
Instituição tem hoje cerca de 1250 investigadores. Em julho de 2018, eram 968. Novos dirigentes tomaram ontem posse
RECURSOS O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, afirmou, ontem, ter a “legítima expectativa” de que, “daqui a um par de anos”, a instituição que dirige vai contar com “1800 investigadores/inspetores”, mais 550 do que os cerca de 1250 elementos hoje em funções. Em julho de 2018, tinha 968 elementos. Até agora, o reforço de meios tem sido feito, sobretudo, com a formação regular de novos inspetores.
“Estamos numa fase de recuperação”, defendeu Luís Neves, sublinhando que está a ser preparado, “pela primeira vez”, um “plano” para afetação de meios à PJ, que permitirá à sua direção saber “o que o futuro reserva”. A previsão é de que o documento seja conhecido até “ao fim da votação” do Orçamento do Estado para 2023, sem data marcada.
A informação foi prestada aos jornalistas à margem da
tomada de posse, em Lisboa, dos novos diretores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, Pedro Fonseca, e da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da PJ, João Oliveira. O primeiro tinha, no ano passado, sido acusado pelo Ministério Público de abuso de poder e violação de segredo de justiça, mas acabou por ser ilibado antes de ser julgado.
“O dr. Pedro Fonseca é uma pessoa de todos nós conhecida. É uma pessoa séria, íntegra”, argumentou Luís Ne
ves, acrescentando que o dirigente, “se calhar”, até teria sido nomeado mais cedo para o cargo se não fosse aquele processo. “Estou absolutamente tranquilo”, frisou.
Na tomada de posse, Pedro Fonseca disse, em seu nome e no de João Oliveira, que o cargo que agora exerce “não é um posto, mas um serviço”. Ontem, foi ainda empossado, em Faro, o novo líder da Diretoria do Sul, Fernando Jordão. Hoje, toma posse, no Porto, a direção da Diretoria do Norte.