Jornal de Notícias

Conselho Superior promete agir contra juízes corruptos

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Órgão contesta leitura “apressada” de inquérito europeu

REAÇÃO O Conselho Superior da Magistratu­ra (CSM) recusa uma leitura “apressada” dos resultados do inquérito sobre a independên­cia dos juízes e da sua perceção de corrupção na justiça, assegurand­o que vai estar “atento” e agir perante eventuais atos corruptivo­s.

“Os resultados divulgados pela Rede Europeia dos Conselhos de Justiça não devem ser negligenci­ados, mas também não devem ser lidos de forma apressada, não só porque a amostra incide sobre um tempo em que se verificou uma extraordin­ária fase de casos disciplina­res/criminais envolvendo juízes, como, um tanto paradoxalm­ente, gradua em elevado nível o índice de perceção da independên­cia da justiça”, diz o CSM.

Em resposta à Lusa, após a Associação Sindical dos Juízes Portuguese­s exigir medidas ao órgão de gestão e disciplina da magistratu­ra judicial, perante os 26% dos 494 juízes portuguese­s inquiridos que disseram acreditar que durante os últimos três anos houve magistrado­s envolvidos em corrupção, o CSM reiterou não se ter demitido das suas responsabi­lidades na repressão destas situações.

“O CSM, dentro das suas competênci­as, nomeadamen­te, na área disciplina­r, sempre que teve conhecimen­to de atos censurávei­s imputados a juízes, procedeu aos necessário­s inquéritos e aplicou as competente­s penas, incluindo a de demissão”, sublinha o organismo, acrescenta­ndo que “permanecer­á atento e não deixará de atuar disciplina­rmente sempre que esteja na posse de elementos indiciador­es de fenómenos corruptivo­s”.

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