Jornal de Notícias

Bombeiro de Ermesinde salva vida em praia de Macedo de Cavaleiros

Sérgio Caldas estava com amigos na albufeira do Azibo quando foi dado o alerta. Foi o primeiro a saltar para a água

- Fernanda Pinto locais@jn.pt

VALONGO “Toda a gente faria o que eu fiz”, “só estava no local certo, na hora certa” e “foi um trabalho de equipa”, são algumas das expressões que Sérgio Caldas usa para descrever o que aconteceu no último domingo na albufeira do Azibo, em Macedo de Cavaleiros, quando gozava uma folga com amigos na praia fluvial. Face a um alerta de dois jovens para um corpo que estava na água sem se mexer, o bombeiro de Ermesinde lançou-se à água, sem hesitar, e retirou o homem com cerca de 50 anos, já inconscien­te e em paragem cardiorres­piratória.

“Ouvi o alerta e de imediato entrei na água, agarrei então no corpo e puxei. Já na margem, e com ajuda dos nadadores-salvadores, retirámos o corpo e iniciámos suporte básico de vida, pois a vítima encontrava-se em paragem cardiorres­piratória, ao mesmo tempo que eram acionados os meios de socorro diferencia­dos. Estava roxo e não tinha pulso”, descreve. Depois de quatro ciclos de manobras de reanimação, a vítima começou a apresentar sinais de respiração e foi colocada em posição lateral de segurança até chegarem os meios de socorro, nomeadamen­te uma ambulância dos Bombeiros Voluntário­s de Macedo de Cavaleiros e viatura médica de emergência e reanimação. O homem foi colocado na ambulância e avaliado pela equipa médica que o acompanhou ao hospital. Segundo a corporação de Ermesinde apurou, a vítima esteve em observação e teve alta no dia seguinte.

TRABALHO DE EQUIPA

“Isto foi um trabalho de equipa: meu, dos nadadores -salvadores, bombeiros, VMER, GNR e até de populares. Todos trabalhámo­s em prol da vítima”, afirma Sérgio Caldas, de 47 anos.

“Foi estar no local certo à hora certa, qualquer colega faria igual, é para isto que trabalhamo­s”, afirma. Segundo o bombeiro, todas as vítimas que socorre são família: “Podem ser nosso pai, mãe, irmão ou sobrinho”.

O bombeiro vai receber um louvor do comando dos Bombeiros Voluntário­s de Ermesinde. Mas continua a acreditar que aquele foi “um dia normal”. Depois do salvamento ainda aproveitou o resto do dia de praia e jantou antes de regressar a casa e apresentar-se ao serviço no dia seguinte.

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Sérgio Caldas afirma que abraçou esta profissão porque gosta de ajudar os outros

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