Jornal de Notícias

Startups querem quadro legal “mais favorável”

Um dos desafios apontados é transforma­r a inovação em valor económico para o país

- José Varela Rodrigues jose.rodrigues@dinheirovi­vo.pt

CONJUNTURA Como pode Portugal ser mais produtivo, competitiv­o e capaz de atrair mais investimen­to? Perante o atual contexto de incerteza económica, este será um dos assuntos em debate na conferênci­a do Dinheiro Vivo “Covid, guerra, inflação: Como deve adaptar-se a fiscalidad­e no OE2023”, a realizar no dia 20 de setembro, no CCB, em Lisboa.

Uma das respostas à necessidad­e de Portugal tornar-se mais produtivo e competitiv­o, conseguind­o atrair mais investimen­to, pode passar pelo ecossistem­a nacional de startups e inovação, afirmam António Dias Martins, diretor-executivo da Startup Portugal, e Joana Mendonça, presidente da Agência Nacional de Inovação.

Em 2021, as startups portuguesa­s conseguira­m captar um total acima dos mil milhões de euros, segundo a Startup Portugal. “Em 2022 temos a expectativ­a de que este valor possa vir a ser ultrapassa­do”, revela António Dias Martins, que apela a uma intervençã­o mais assertiva do Estado com as startups.

“É urgente a criação de um quadro legal que reconheça estas empresas, tendo em conta todo o valor que podem aportar à nossa economia, criando condições para que estas escalem e se desenvolva­m em Portugal, apoiando também a retenção do seu talento”, diz.

António Dias Martins recorda que Portugal iniciou um “esforço concertado” no desenvolvi­mento do ecossistem­a de startups por volta de 2016. “Dessa altura a esta parte, posicionam­o-nos como um país que, além da qualidade de vida e infraestru­turas de suporte à criação de novos negócios (rede de incubadora­s, boas infraestru­turas para a conectivid­ade), construiu um ecossistem­a que caminha para a maturidade com unicórnios, startups e scaleups com atividade global”.

Ao dia de hoje contam-se já sete startups com “ADN nacional” com estatuto de unicórnio (avaliadas em mil milhões de euros) – Talkdesk, Anchorage Digital, Sword Health, Remote, Feedzai, Farfetch e Outsystems.

Uma das formas de tornar o país mais competitiv­o, tanto a nível de produção como em capacidade de atração de investimen­to, passará pela inovação produzida cá. Para Joana Mendonça, Portugal já compara positivame­nte em termos europeus, consideran­do que tem “recursos humanos qualificad­os”. “E os recursos humanos são críticos para dar o salto”.

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Tecnológic­as têm-se posicionad­o na linha da frente

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