Famalicão exige pedido de desculpas à Liga e Governo
Clube emite comunicado e lembra que o relatório dos delegados não descreve nenhum incidente de segurança
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CASO DA CAMISOLA O Famalicão emitiu um comunicado sobre o caso da criança que teve de ver o jogo com o Benfica em tronco nu e exige “um pedido de desculpa formal” por parte de Pedro Proença, presidente da Liga, e de João Paulo Correia, secretário de Estado do Desporto, “pelas posições assumidas de uma forma extemporânea e ofensiva para a honra e bom nome” do clube. Os minhotos esclarecem que cumpriram o regulamento de segurança, segundo o qual os adeptos não podem utilizar adereços dos rivais na bancada dos sócios da equipa da casa.
Num comunicado de três pontos, o Famalicão destaca que os assistentes de recinto desportivo e as forças da PSP informaram o pai da criança da impossibilidade de o filho aceder àquela bancada com um adereço do Benfica vestido, com este a colocar a criança em tronco nu. Os minhotos dizem ainda que ambos tinham “convites regulamentares” e só
Autarca critica e edifício da Câmara é vandalizado
Mário Passos, presidente da Câmara de Famalicão, tomou posição pública nas redes sociais, ao considerar que o episódio da camisola da criança “dá uma imagem negativa e injusta do concelho e do nosso Famalicão”. Como consequência dessas declarações, foram colocadas tarjas no edifício dos Paços do Concelho, onde se lia “Demissão”, “Envergonhaste a tua cidade” e “Representas zero o teu povo!”. Horas depois, o autarca insistiu que não podia deixar de tomar uma posição “perante notícias sobre o território que dão uma imagem negativa e injusta, nomeadamente do Futebol Clube de Famalicão”. “Comungo do objetivo de todos os agentes desportivos de assegurar o desporto como um espaço de família”, vincou Mário Passos.
assim podem aceder à bancada onde estavam os sócios do Famalicão.
O clube diz ainda que “o relatório dos delegados da Liga não relata qualquer incidente em matéria de segurança, tendo o Futebol Clube Famalicão sido, inclusivamente, felicitado pela equipa de delegados presentes no referido jogo por esse facto. Um sentimento que adquire maior dimensão e importância dado terem sido elogios prestados pelos delegados com melhor pontuação nas duas últimas temporadas desportivas, a quem é reconhecida elevada competência e igual exigência no cumprimento de todos os deveres”.
Logo após o jogo, o secretário de Estado do Desporto e o presidente da Liga condenaram o facto da criança de 10 anos ter assistido ao jogo semidespida por não poder vestir a camisola do Benfica numa zona destinada apenas a adeptos do Famalicão. O JN procurou uma reação de Pedro Proença e de João Paulo Correia ao comunicado do Famalicão, mas não obteve resposta.