Costa admite ter de fazer ginástica para criar 26 mil camas
Primeiro-ministro garante que não desiste da meta para o Superior e que economia vai crescer acima do previsto
O primeiro-ministro admitiu ter de ser preciso fazer “ginástica” para se alcançar a meta das 26 mil camas para estudantes do Ensino Superior. Porém, António Costa garantiu que, face às necessidades de alojamento, o Governo “não pode desistir” desse objetivo. E assegurou que, este ano, a economia vai crescer acima do previsto.
“Não temos o direito de reduzir a nossa ambição. Quando fixámos o objetivo de atingir as 26 mil camas de alojamento estudantil até 2026, essa ambição corresponde a necessidades efetivas que a comunidade académica tem”, disse António
Costa, ao inaugurar a requalificação de uma residência da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, que estava fechada por falta de condições de habitabilidade.
O primeiro-ministro lembrou que, face à atual conjuntura, marcada pela guerra na Ucrânia e a inflação, é “mais difícil” executar as metas estabelecidas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Por isso, as instituições promotoras e o Estado terão de “fazer a ginástica necessária para se conseguir o mesmo” que o Governo tinha proposto realizar, “sabendo que o custo hoje é bastante maior” do que quando as metas foram fixadas. “Mas não podemos desistir de as executar. Se desistirmos, isso significa que, em 2026, vamos ter menos camas do que aquelas que sabemos que são necessárias para satisfazer as necessidades”, disse, vincando: “Temos este calendário e vamos cumprir”.
Para António Costa, é fundamental “democratizar as condições de acesso ao Ensino Superior”, elegendo como “maior barreira” o preço do alojamento para estudantes deslocados.
MELHORES INDICADORES
Já em Castelo Branco, durante uma visita à fábrica de confeções Dielmar, em Alcains, o primeiro-ministro assegurou que os indicadores reforçam a convicção de que a economia portuguesa irá crescer mais do que aquilo que o Governo tinha inicialmente previsto.
“Há melhores perspetivas para a economia europeia e mundial. Isso reforça a convicção de que nós, este ano, não só vamos crescer como tínhamos previsto, como podemos crescer mais do que aquilo que tínhamos previsto”, disse.