IPO apela à dádiva de plaquetas para doentes oncológicos
São precisos mais dadores de sangue
SAÚDE Além de sangue, o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto alerta para a importância de doar plaquetas. Pode fazer a diferença no tratamento de doentes oncológicos, adultos e crianças, que fazem quimioterapia, radioterapia, transplantes de medula óssea ou que passam por grandes cirurgias. No Dia Nacional do Dador de Sangue, o Instituto lançou a campanha “No IPO damos vida”.
Quem tem patologia hematológica, como leucemia ou linfoma, precisa de grandes quantidades de plaquetas para fazer face a hemorragias e coagulação, ou problemas de plaquetas baixas.
A médica de imuno-hemoterapia Catarina Carvalho explica à Lusa que “para obter uma unidade de tratamento de plaquetas para um doente” são precisos entre quatro e cinco dadores de sangue no total. “Enquanto que com um só dador de plaquetas por aférese [separação dos elementos constituintes do sangue], que implica um equipamento especial, se consegue uma, duas ou até três unidades terapêuticas de plaquetas”, clarifica.
CINCO DIAS APÓS COLHEITA
Em 2023, o IPO do Porto realizou 12 819 transfusões, 7514 de eritrócitos e 5305 de plaquetas. Foram transfundidos mais de 2500 doentes. Registou 8925 dádivas: 1561 de componentes plaquetários por aférese e 7364 de sangue total. Mais de 1500 são novos dadores, mas são precisos mais. O stock de plaquetas é gerido ao segundo e ao milímetro. Pelas suas particularidades, as plaquetas têm de ser utilizadas num prazo de cinco dias após a colheita. No IPO é possível dar sangue de segunda a sexta, entre as 8.30 h e as 19 h, e ao sábado, das 8.30 h às 12.30 horas.