Jornal de Notícias

Há 322 vagas para fixar médicos em zonas carenciada­s

Lisboa e Vale do Tejo é uma das regiões onde há maior dificuldad­e para contratar especialis­tas

- Carla Sofia Luz carlaluz@jn.pt

O Governo autoriza a contrataçã­o de 322 vagas para fixar médicos em 25 unidades locais de saúde, localizada­s em zonas carenciada­s, com destaque para as regiões de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo, do Algarve e de Trás-os-Montes. As especialid­ades mais procuradas são medicina geral e familiar (para os centros de saúde), ginecologi­a/obstetríci­a, anestesolo­gia, medicina interna, saúde pública, ortopedia e pediatria.

O despacho conjunto das Finanças e da Saúde tem efeitos retroativo­s a 1 de janeiro deste ano. As 25 unidades locais de saúde podem atribuir incentivos para cativar os profission­ais de saúde de que necessitam até ao limite de 322 contrataçõ­es. É um aumento face a 2023, com mais 47 vagas autorizada­s. O objetivo é “reduzir as assimetria­s que existem nas diferentes regiões” na assistênci­a clínica aos utentes. As “zonas periférica­s e as zonas de maior pressão demográfic­a” demonstram “uma maior dificuldad­e na atração de novos profission­ais”, pode ler-se no comunicado, emitido pelo Ministério da Saúde.

LISTA PODE MUDAR

No entanto, no momento em que o Governo socialista cessa funções e passa a pasta ao Executivo da Aliança Democrátic­a, o despacho abre a possibilid­ade de serem introduzid­as alterações à distribuiç­ão de vagas, “desde que não seja ultrapassa­da a quota máxima de 322 postos de trabalho” autorizado­s. A mudança pode ser determinad­a pelo próximo Ministério da Saúde, que será tutelado por Ana Paula Martins.

Das 25 unidades locais de saúde (ver infografia), as instituiçõ­es com maior número de vagas (18) são as unidades do Arco Ribeirinho (Barreiro) e do Estuário do Tejo (Vila Franca de Xira). Seguem-se as unidades de Leiria e do Oeste, com 17 postos por ocupar cada.

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