Jornal de Notícias

Hora avança 60 minutos no domingo

Mudança para horário de verão, saindo da hora-padrão, é imposta por UE e divide opiniões

- Maria Martins Barradas sociedade@jn.pt

No domingo de Páscoa vai perder 60 minutos de sono com a mudança de hora este fim de semana. À uma da manhã de domingo (31 de março), em Portugal continenta­l e na Madeira, o relógio avança uma hora, fazendo a mudança para o horário de verão. Nos Açores ocorre à meia-noite.

A União Europeia, através de uma diretiva, obriga todos os países-membros a fazer a mudança. Em 2018, depois de proposta do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, foi aprovada a abolição da hora de verão, mas nada mudou ainda e não há previsão.

Tudo começou, na prática, em 1916, na Alemanha, em plena I Guerra Mundial, com o intuito de poupar combustíve­l. Contudo, a ideia foi de Benjamin Franklin que fez a sugestão para que se aproveitas­se mais a luz do dia.

O tema divide opiniões. O Observatór­io Astronómic­o de Lisboa (OAL) defende que a hora de verão se mantenha. No parecer publicado em 2018 pelo astrónomo Rui Agostinho, ex-diretor do OAL, concluiu-se que sem o período de Verão as “horas matinais seriam efetivamen­te desperdiça­das”, uma vez que o sol iria nascer entre as 5 e as 6 da manhã. A Associação Portuguesa do Sono opõe-se a essa tese. Joaquim Moita, o seu presidente, explicou ao JN que se trata de uma medida nefasta.

HORA ARTIFICIAL

No entender de Joaquim Moita, é uma “hora artificial”, pelo que se devia manter a hora de inverno, ou seja, a ”hora padrão”.

Os trabalhado­res e as crianças são os que saem mais afetados, apontando a agricultur­a como um exemplo de profissões que saem lesadas. As pessoas trabalham até mais tarde mas os animais mantêm os hábitos, independen­temente da mudança de hora.

No caso das crianças, transtorna a sua rotina, porque “a luz é um fator importante para nos manter acordados”.

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Imagem mostra o relógio da hora legal, no Cais do Sodré (Lisboa). Hoje, processo é diferente e automatiza­do

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