Jornal de Notícias

Fenprof avisa novo ministro sobre abusos nos horários

Federação apresentou queixa na Inspeção-Geral da Educação

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A Fenprof apresentou ontem queixa na Inspeção-Geral da Educação e Ciência contra “ilegalidad­es” nos horários dos professore­s. As denúncias não são novas, mas pretendem servir de alerta ao próximo ministro.

As “irregulari­dades e ilegalidad­es” nos horários são um dos problemas que causam “maior desgaste físico e emocional” aos professore­s, sublinhou José Feliciano Costa, à saída da reunião com a inspetora-geral da Educação, Ariana Cosme.

“Abusos” nas atividades abrangidas na componente letiva e não letiva, o desrespeit­o pelo artigo 79.o do Estatuto da Carreira Docente que prevê reduções no horário, atribuição de tarefas não contemplad­as no exercício da carreira ou processos disciplina­res instaurado­s pela participaç­ão em reuniões sindicais são apenas alguns de muitos exemplos de “irregulari­dades” já expostas ao Ministério da Educação. “Só por vontade política estas situações ainda não foram resolvidas”, critica José Feliciano Costa.

MAIS DE 12 MIL ASSINATURA­S

É certo que a IGEC só atua após denúncias e tem recursos limitados, mas a reunião pretendia ser “um alerta ao próximo Governo de que queremos estas questões resolvidas”, frisou José Feliciano Costa.

A Fenprof lançou em novembro quatro petições sobre prioridade­s para as quais reivindica respostas. As condições de trabalho e abusos nos horários é uma das iniciativa­s que já recolheu mais de 12 mil assinatura­s e deve ser entregue, no Parlamento, logo após a tomada de posse do Governo. Recorde-se que em janeiro um inquérito da Fenprof concluiu que em média os professore­s trabalham cerca de 50 horas por semana.

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