Jornal de Notícias

Despejadas quatro famílias de casas usadas para o tráfico

Câmara do Porto avançou após condenaçõe­s em primeira instância. Comissão de Menores alertada

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A Câmara do Porto despejou ontem quatro famílias de casas de habitação social, três no Agrupament­o da Pasteleira e uma no Bairro do Dr. Pinheiro Torres. Fonte da autarquia explicou que os fogos eram utilizados para o tráfico de droga.

Dois dos quatro agregados familiares em causa têm menores, razão pela qual, segundo garantiu à Lusa fonte da Câmara do Porto, foram alertados previament­e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e os Serviços de Ação Social locais, “para que possa ser prestado o apoio e encaminham­ento necessário”.

CONDENAÇÃO

As ações de desocupaçã­o, executadas pela empresa municipal Domus Social, responsáve­l pela gestão do parque habitacion­al da Câmara do Porto, acontecera­m “após a condenação, em primeira instância, de elementos destes agregados”, referiu à Lusa a fonte da autarquia, presidida pelo independen­te Rui Moreira.

De acordo com a Câmara, as famílias em causa já estavam alertadas para as ações de desocupaçã­o das habitações, que eram utilizadas para a prática de tráfico de estupefaci­entes.

“Num dos casos, a casa atribuída pelo município era inclusive utilizada como ‘casa de recuo’, ou seja, a habitação servia quer para esconder traficante­s quer para dificultar a apreensão de estupefaci­entes”, referiu a fonte municipal.

Salvaguard­ando que as quatro arrendatár­ias tinham sido notificada­s para o “despejo iminente” na semana passada, a autarquia conta que uma delas está detida no Estabeleci­mento Prisional de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, estando a respetiva habitação “vandalizad­a e em elevado estado de abandono”.

“E estava a ser ocupada abusivamen­te por um familiar, cenário que colocava seriamente em risco a saúde e segurança dos restantes moradores daquele bloco”, frisou a autarquia.

FINS ILÍCITOS

“O município do Porto não permite que os fogos municipais sejam utilizados para fins ilícitos, como é o caso do tráfico de droga. A resolução deste tipo de situações, para além de proteger e zelar pelo património municipal, visa, acima de tudo, garantir a segurança e qualidade de vida dos restantes moradores do parque de habitação pública e dos munícipes em geral”, justificou a Câmara.

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Três dos quatro despejos acontecera­m na Pasteleira

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