Lançada a primeira pedra de hotel junto a seminário
Bispo do Porto descerrou lápide relativa ao restauro das instalações na Sé e à construção da hospedaria monástica, mas a grua só será montada no verão
O bispo do Porto, D. Manuel Linda, descerrou ontem uma lápide alusiva ao início das obras de restauro do Seminário Maior e à construção da hospedaria monástica na Sé, tudo junto ao Paço Episcopal.
A bênção da primeira pedra foi um ato simbólico porque a grua só deve ser instalada no verão. O dia também “foi escolhido por tratar-se da quinta-feira santa e pelo facto do colégio, que será requalificado, ter como finalidade formar sacerdotes”.
Segundo o padre Samuel Guedes, economato da diocese portuense, as obras têm um custo previsto de 12 milhões de euros. Agora estão a decorrer procedimentos referentes ao concurso público para a posterior entrega da empreitada.
O restauro do Seminário Maior, de momento desativado e a aguardar pela intervenção, ditará um dispêndio de quatro milhões de euros.
O objetivo é “dotar o edifício [datado do século XVI] de níveis de comodidade, conforto e acessibilidade adequados aos dias de hoje”. Terá “46 quartos para seminaristas e cinco quartos superiores”, pode ler-se no projeto.
CANDIDATURA A FUNDOS
Também na encosta, e nos domínios da diocese, mas num patamar abaixo, nascerá o equipamento hoteleiro, aberto a todos os visitantes num conceito de hospedaria monástica.
Tal como acontece no Seminário de Vilar, onde já está a funcionar o Vilar Oporto Hotel, também para o caso da Sé foi criada a Maior Oporto Hotel, estrutura que tratará de todos os aspetos relacionados com a empreitada.
De acordo com o projeto, a hospedaria terá 53 quartos. A construção implica um gasto de oito milhões de euros. Para a sua execução foi feita uma candidatura a fundos comunitários.
Ao contrário do que sucede em Vilar, onde a exploração está a cargo da própria diocese, na Sé a unidade hoteleira será entregue a uma concessionária. A receita da concessão será para aplicar no seminário, de modo a garantir a preservação das instalações e a continuidade do normal funcionamento do colégio.
O projeto contempla a cedência de uma parcela para o domínio público, de acesso livre a toda a gente, que ligará o Largo do Colégio às escadas do Barredo, com vistas únicas e de proximidade para o rio Douro e as suas margens.