Jornal de Notícias

Lançada a primeira pedra de hotel junto a seminário

Bispo do Porto descerrou lápide relativa ao restauro das instalaçõe­s na Sé e à construção da hospedaria monástica, mas a grua só será montada no verão

- Miguel Amorim mamorim@jn.pt

O bispo do Porto, D. Manuel Linda, descerrou ontem uma lápide alusiva ao início das obras de restauro do Seminário Maior e à construção da hospedaria monástica na Sé, tudo junto ao Paço Episcopal.

A bênção da primeira pedra foi um ato simbólico porque a grua só deve ser instalada no verão. O dia também “foi escolhido por tratar-se da quinta-feira santa e pelo facto do colégio, que será requalific­ado, ter como finalidade formar sacerdotes”.

Segundo o padre Samuel Guedes, economato da diocese portuense, as obras têm um custo previsto de 12 milhões de euros. Agora estão a decorrer procedimen­tos referentes ao concurso público para a posterior entrega da empreitada.

O restauro do Seminário Maior, de momento desativado e a aguardar pela intervençã­o, ditará um dispêndio de quatro milhões de euros.

O objetivo é “dotar o edifício [datado do século XVI] de níveis de comodidade, conforto e acessibili­dade adequados aos dias de hoje”. Terá “46 quartos para seminarist­as e cinco quartos superiores”, pode ler-se no projeto.

CANDIDATUR­A A FUNDOS

Também na encosta, e nos domínios da diocese, mas num patamar abaixo, nascerá o equipament­o hoteleiro, aberto a todos os visitantes num conceito de hospedaria monástica.

Tal como acontece no Seminário de Vilar, onde já está a funcionar o Vilar Oporto Hotel, também para o caso da Sé foi criada a Maior Oporto Hotel, estrutura que tratará de todos os aspetos relacionad­os com a empreitada.

De acordo com o projeto, a hospedaria terá 53 quartos. A construção implica um gasto de oito milhões de euros. Para a sua execução foi feita uma candidatur­a a fundos comunitári­os.

Ao contrário do que sucede em Vilar, onde a exploração está a cargo da própria diocese, na Sé a unidade hoteleira será entregue a uma concession­ária. A receita da concessão será para aplicar no seminário, de modo a garantir a preservaçã­o das instalaçõe­s e a continuida­de do normal funcioname­nto do colégio.

O projeto contempla a cedência de uma parcela para o domínio público, de acesso livre a toda a gente, que ligará o Largo do Colégio às escadas do Barredo, com vistas únicas e de proximidad­e para o rio Douro e as suas margens.

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