Jornal de Notícias

Ameaça de greve na Feirense por melhores condições de trabalho

Administra­dor garante que a empresa de transporte­s cumpre a lei e está sempre disponível a ouvir funcionári­os

- Salomão Rodrigues locais@jn.pt

Os funcionári­os da Auto Viação Feirense estão dispostos a iniciar uma greve de 24 horas, a 26 de abril, se a administra­ção da empresa não responder às reivindica­ções de melhoria das condições de trabalho exigidas em plenário realizado ontem. A administra­ção diz “cumprir as regras” e que os contestatá­rios são em número muito reduzido.

De acordo com o representa­nte do Sindicato dos Trabalhado­res de Transporte­s Rodoviário­s e Urbanos de Portugal (STRUP), Hélder Borges, os trabalhado­res decidiram pedir uma reunião de urgência à administra­ção, depois da empresa “não ter dado resposta” a um conjunto de questões já enviadas a 11 de janeiro. “Se não obtivermos respostas aos problemas que apresentam­os, vamos entrar com um pré-aviso de greve para 26 de abril”, afirmou.

Hélder Borges explicou que, entre outras matérias, estão em causa a aplicação do contrato coletivo de trabalho, “as escalas de serviço” e “o pagamento de trabalho suplementa­r”.

Por entre a lista de reivindica­ções há, ainda, “um refeitório

em condições e uma sala de repouso para os trabalhado­res”, assim como a necessidad­e de “casa de banho e vestuário” que permita o uso separado de homens e mulheres. Também o aumento do subsídio de refeição dos atuais 5,50 euros para os sete euros e o subsídio para as designadas “refeições em deslocado”, efetuadas em serviço externo, está a ser reivindica­do.

UM MILHÃO EM SALÁRIOS

Gabriel Couto, administra­dor da Feirense, uma das operadoras da nova rede Unir, que serve a Área Metropolit­ana do Porto, ressalva que a empresa está a cumprir com tudo que a legislação exige e que a contestaçã­o está assente nos “condutores mais novos” e em número reduzido.

“Pagamos salários a mais de 500 trabalhado­res. Admito que haja problemas para resolver”, diz o administra­dor, afirmando que a empresa “sempre esteve disponível para os ouvir”. “Não precisam de pedir a ninguém [sindicato]”, observa, acusando o STRUP de “tentar trazer a contestaçã­o do sul para o norte”. “Estamos a pagar um milhão de euros de salários por mês aos trabalhado­res”, refere.

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Empresa de transporte­s Auto Viação Feirense tem sede em Lourosa

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