JoanaVasconcelos bate recorde com 260 mil visitantes
Exposição “Plug-in” já é a mais vista do ano no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia
ARTES PLÁSTICAS A exposição “Plug-in”, da artista Joana Vasconcelos, que reúne obras inéditas como a “Árvore da vida”, já recebeu mais de 260 mil visitas no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, onde está patente há seis meses. É já a exposição mais vista, diz a organização.
A mostra, que encerra a 8 de abril – antes, a 6 de abril, terá um programa especial de visitas, conversas com a artista, performances de dança e sessões de ioga e meditação – está dispersa entre os espaços MAAT Central e MAAT Gallery.
No MAAT Central foi colocada uma estrutura de 13 metros de altura em forma de árvore que representa as emoções vividas durante a pandemia de 2020, inicialmente projetada para a Villa Borghese, em Roma, o que não chegou a concretizar-se devido ao confinamento.
A obra, repleta de centenas de folhas bordadas, foi concebida para a Temporada Cruzada entre Portugal e França, apresentada primeiro numa capela nos arredores de Paris e estreou-se em Portugal no MAAT.
“Plug-in” prolonga-se para o MAAT Gallery, onde se encontram sete obras no total: “Drag race” (2023), que estabelece um diálogo com “War games” (2011), duas viaturas convencionais transformadas em obras de arte, a primeira ornamentada com talha dourada e plumas, e a segunda coberta com espingardas de brincar e peluches.
Na galeria oval do novo edifício foi instalada a gigantesca escultura tentacular têxtil “Valkyrie octopus”, criada em 2015 para a MGM Macau.
Duas peças já exibidas no Museu Guggenheim de Bilbau, Espanha, estão também expostas pela primeira vez em Lisboa: a máscara de espelhos com o título “I’ll be your mirror” (2019) e o gigantesco anel “Solitário” (2018), ambas colocadas no exterior do MAAT.
A PRIMEIRA EM VERSALHES
Joana Vasconcelos, primeira artista a vencer o Prémio Novos Artistas Fundação EDP, em 2000, nasceu em Paris, em 1971, filha de pais portugueses, e foi a primeira mulher artista a ser convidada a criar uma exposição para o Palácio de Versalhes, em 2012. Começou a realizar exposições na década de 1990, tendo o seu trabalho sido projetado internacionalmente em 2005, na Bienal de Veneza com a peça “A noiva”, um lustre monumental feito com tampões de higiene feminina. Em 2010, apresentou a exposição antológica “Sem rede” no CCB, e o seu trabalho é apresentado em museus de todo o Mundo.