Carlos III Tradição cumprida após diagnóstico de cancro
Rei britânico reapareceu ontem em público, ao lado da mulher, Camilla, na missa de Páscoa, na qual foram notadas as ausências dos príncipes William e Kate
MONARQUIA Como previsto, à margem de quaisquer especulações, o rei Carlos III assistiu, ontem de manhã, à tradicional cerimónia religiosa da Páscoa, na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor. Na primeira aparição pública desde que anunciou que tem cancro, há dois meses, o monarca mostrou-se sorridente, ao lado da mulher, a rainha Camilla, e foi muito acarinhado pelo povo que se acercou.
O momento reuniu a família real, embora tenha sido marcado por várias ausências, numa altura em que também a princesa de Gales enfrenta uma doença oncológica, contra a qual faz quimioterapia preventiva. Foi assim notada a falta (previamente anunciada) de Kate Middleton, assim como do marido, o príncipe William, e dos três filhos, George, Charlotte e Louis.
Após ter sido substituído por Camilla em alguns atos, desta vez Carlos III fez questão de presidir ao serviço religioso. Durante a homilia, o arcebispo de Cantuária, Justin Welby, agradeceu ao rei e a Kate pela “dignidade” e “falta de egoísmo” ao partilharem o seu estado de saúde com os cidadãos. “Nas nossas vidas há momentos que nos mudam para sempre. Simpatizamos e sentimos o rei e a princesa que, com a sua graça e fé, ajudaram tantas pessoas”, sublinhou o líder da Igreja Anglicana, antes de pedir uma oração para ambos.
SEM DISTÂNCIA
Finda a missa, o rei e a mulher regressaram ao castelo para o almoço, no qual foi servido cabrito assado. No caminho, ouviram-se ovações de quem lhes quis endereçar apoio nesta fase. Camilla ainda recebeu um ramo de flores das mãos de um menino. Segundo a imprensa inglesa, foram muitos os que notaram que o rei tinha “bom aspeto”.
Assistiram ainda à cerimónia o príncipe André, a princesa Ana, a duquesa de Iorque, Sarah Ferguson, e os duques de Edimburgo, Sofia e Eduardo, cujo filho James, de 16 anos, chamou a atenção por estar mais alto do que os pais.
Apesar das notícias que apontavam restrições neste regresso de Carlos aos atos públicos, inclusive o mínimo contacto físico com terceiros, devido ao sistema imunitário fragilizado pelos tratamentos, o monarca não se coibiu de distribuir apertos de mão a familiares e a alguns anónimos. Uma atitude que especialistas veem como uma forma de demonstrar melhoras, o que poderá permitir-lhe recuperar paulatinamente a agenda já no verão.