Abatido em Ramalde tinha saído há uma semana da cadeia
Cumpriu pena em várias prisões desde os 18 anos e foi libertado a 21 de março. Suspeito continua a monte
INVESTIGAÇÃO Diogo Silva, o homem de 27 anos abatido com cinco tiros ao início da tarde de Sexta-Feira Santa, quando se dirigia para casa, em Ramalde (Porto), tinha saído em liberdade, da cadeia de Linhó, uma semana antes. Ao que tudo indica, tratou-se de um ajuste de contas, com o tráfico de drogas como pano de fundo. As cerimónias fúnebres decorreram ontem sob vigilância policial.
A vítima cumpriu uma pena de dez anos, por assaltos onde terá usado armas de guerra. Preso em julho de 2015, com apenas 18 anos, passou pelas cadeias de Aveiro, Paços de Ferreira, Custóias, Monsanto (alta segurança) e ultimamente pela do Linhó, onde cumpria o resto da pena. Saiu em liberdade no dia 21 de março e, oito dias depois, seria abatido à porta de casa, a poucos metros da casa, numa rua central do Bairro de Ramalde, onde nascera.
Pouco depois do crime e após ter ouvido várias testemunhas, a PSP e a Polícia Judiciária já tinham indícios suficientes – pela caracterização física fornecida pelos vários testemunhos – para lançarem uma caça ao homem, visando um suspeito concreto. Trata-se de um conhecido traficante, sem cadastro mas referenciado em casos de violência e roubos de droga na zona do Grande Porto. Teria também um historial de conflitos com Diogo Silva, pelo que as autoridades acreditam que terá agido por iniciativa própria.
À hora do fecho deste edição, o suspeito de ter abatido com cinco tiros Diogo Silva continuava a monte.
PSP NO FUNERAL
Ontem à tarde, a Igreja de Ramalde acolheu as cerimónias fúnebres de Diogo Silva. Na despedida, e sob vigilância, no exterior, de um contingente da PSP, estiveram os familiares e dezenas de amigos.