Jornal de Notícias

Derrota protocolar

- Miguel Guedes POR Adepto do F. C. Porto O AUTOR ESCREVE SEGUNDO A ANTIGA ORTOGRAFIA

Já muito longe de ser campeão, mais uma derrota cumpriu um ritual de época que, independen­temente das vicissitud­es e erros alheios, não está isento de erros próprios. Pelo contrário, e sem menosprezo pelo bom futebol dos canarinhos de Vasco Seabra, um percurso que conta com três derrotas em quatro jogos com o Estoril é uma anedota que fica como marcador de época. Desta vez, mais um conto dramático, com toques de terror e comédia arbitral, que retira o suspense para o que nos resta para a discussão da Liga. Para quem decide no “saloon” do VAR, o habitual “far west” que dispensa “cowboys”. Varela e Francisco Conceição são imprescind­íveis e notavelmen­te regulares, mas outros há que mereceriam algum caminho entre o conforto do banco e a intensa titularida­de. A estabiliza­ção de uma equipa-tipo acabou também por cristaliza­r as opções. Se alguém perguntar qual o onze titular do jogo seguinte, não haverá alguém com dúvidas na resposta. E isso não é necessaria­mente bom para uma equipa ou um plantel, até porque um onze-base deveria girar à volta de 13 ou 14 opções. Surpresas para que te quero. Não indiferent­e a mais uma derrota, fica um lance de arbitragem penoso, indesculpá­vel e que causa natural revolta em toda a nação azul e branca. O braço de Mangala em Francisco Conceição é mais do que evidente e o penalty nunca poderia ter sido revertido. Mesmo que haja quem tenha dúvidas, uma coisa é certa: o protocolo do VAR é claro sobre a impossibil­idade de reverter ou questionar o árbitro numa decisão de campo senão quando se está perante um erro grosseiro. Mais uma derrota protocolar. Neste caso, uma vez mais e como se viu na Luz, ficou claro que há um protocolo para uns e uma missa cantada para outros.

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