Suspeito de ser um “serial killer” acusado de matar prostituta
“Kenny” que terá assassinado Josielly para a roubar, foi constituído arguido pela morte de motorista TVDE
Um homem, de 26 anos, suspeito de ser um “serial killer”, foi acusado pelo Ministério Público (MP) do homicídio de uma prostituta, em dezembro de 2022. A vítima, Josielly Rodrigues, de 25 anos e nacionalidade brasileira, residia em Vilamoura, Loulé. O arguido é também suspeito de ter assassinado uma motorista TVDE, em Almancil.
Josielly foi morta, colocada na bagageira de um carro, e o corpo queimado e abandonado numa zona de mato em Ourique. O motivo do crime terá sido o roubo. O suspeito, José Mascarenhas, conhecido pela alcunha de “Kenny”, está acusado de um total de oito crimes, entre os quais, homicídio qualificado, profanação de cadáver e roubo.
O MP refere que “Kenny” já conhecia a vítima há, pelo menos, quatro meses, e mantinha com ela encontros sexuais regulares, sabendo que auferia elevados rendimentos provenientes da prostituição.
Combinou um encontro, em dezembro de 2022, e foi nessa altura que a agrediu para lhe roubar telemóveis e cartões multibanco. Josielly foi mantida, contra a sua vontade, dentro do veículo. De seguida, para ocultar o roubo, decidiu matá-la. Colocou o corpo na bagageira e foi para um bar, passando por vários ATM para tentar levantar dinheiro, o que não conseguiu por não ter o código PIN. No bar, também não conseguiu pagar com o cartão mas os movimentos ficaram registados nas imagens de videovigilância. Depois, num descampado junto ao IC1, abandonou o cadáver e incendiou-o.
Ainda de acordo com a acusação, José Mascarenhas conseguiu movimentar mais de 900 euros da conta de Josielly.
Este homem foi constituído arguido noutro processo de homicídio ocorrido no Algarve. É suspeito da morte de Sandra Andrade, de 49 anos. O corpo da motorista de TVDE foi encontrado por um popular, em Almancil, Loulé, em agosto de 2022, dois meses depois do desaparecimento. Estava desmembrado, dentro de uma mala e a identificação só foi possível através dos objetos pessoais e das tatuagens e, mais tarde, confirmada por testes de ADN. Este processo está em investigação.
“Kenny” já tinha sido condenado a uma pena de 12 anos e um mês pelo homicídio de uma mulher, Tatiana Mestre, em Quarteira, em 2018. Recorreu para o Tribunal da Relação de Évora e foi absolvido. Os juízes entenderam que a decisão da primeira instância, do Tribunal de Faro, foi apenas baseada em vestígios de ADN e não em provas concretas.
“Kenny” está em prisão preventiva, mas ao abrigo de um processo por tráfico de droga investigado pela PSP.