Jornal de Notícias

Pena suspensa para mulher que inventou ameaças

Arguida fez-se passar por vítima de violência doméstica para tentar afastar ex-companheir­o do filho de ambos

- Mónica Ferreira locais@jn.pt

PAÇOS DE FERREIRA A mulher de Paços de Ferreira suspeita de simular mensagens com ameaças de morte, para afastar o ex-companheir­o do filho de ambos, foi condenada ontem pelo Tribunal de Penafiel numa pena de prisão de três anos e três meses, suspensa por igual período.

Para o tribunal, ficou provado que Paula R., de 32 anos e julgada por crimes de denúncia caluniosa e falsidade de testemunho, acusou o ex-companheir­o de violência doméstica. Acusação que levou a que o homem fosse detido, passasse uma noite na cadeia e ficasse proibido de ver o filho durante um ano.

A violência doméstica era um logro, tendo-se provado que a mulher mentiu para ficar com a guarda do filho, depois de terminar a relação de dez anos que manteve com o pai da criança.

Paula R., ou alguém a seu mando, enviou para o seu telemóvel uma mensagem ameaçadora, através de um telemóvel que disse pertencer ao pai do menino, para ser usada no processo de regulação dos poderes parentais.

Depois, em primeiro interrogat­ório judicial, a mulher e a sua mãe, também arguida no processo, acusada de falsidade de testemunho, mentiram perante o juiz de instrução. Em julga

mento, apresentar­am versões contraditó­rias para refutar a acusação.

Assim, Paula R. foi punida com três anos e três meses pelos crimes da acusação, enquanto a mãe, de 52 anos, foi condenada a pena de um ano e oito meses, também suspensa, por falsidade de testemunho. Ambas terão de pagar, solidariam­ente, dez mil euros ao pai do menor, além de 50 euros por mês durante o período de suspensão das penas.

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Mãe e filha foram julgadas pelo Tribunal de Penafiel

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