Pena suspensa para mulher que inventou ameaças
Arguida fez-se passar por vítima de violência doméstica para tentar afastar ex-companheiro do filho de ambos
PAÇOS DE FERREIRA A mulher de Paços de Ferreira suspeita de simular mensagens com ameaças de morte, para afastar o ex-companheiro do filho de ambos, foi condenada ontem pelo Tribunal de Penafiel numa pena de prisão de três anos e três meses, suspensa por igual período.
Para o tribunal, ficou provado que Paula R., de 32 anos e julgada por crimes de denúncia caluniosa e falsidade de testemunho, acusou o ex-companheiro de violência doméstica. Acusação que levou a que o homem fosse detido, passasse uma noite na cadeia e ficasse proibido de ver o filho durante um ano.
A violência doméstica era um logro, tendo-se provado que a mulher mentiu para ficar com a guarda do filho, depois de terminar a relação de dez anos que manteve com o pai da criança.
Paula R., ou alguém a seu mando, enviou para o seu telemóvel uma mensagem ameaçadora, através de um telemóvel que disse pertencer ao pai do menino, para ser usada no processo de regulação dos poderes parentais.
Depois, em primeiro interrogatório judicial, a mulher e a sua mãe, também arguida no processo, acusada de falsidade de testemunho, mentiram perante o juiz de instrução. Em julga
mento, apresentaram versões contraditórias para refutar a acusação.
Assim, Paula R. foi punida com três anos e três meses pelos crimes da acusação, enquanto a mãe, de 52 anos, foi condenada a pena de um ano e oito meses, também suspensa, por falsidade de testemunho. Ambas terão de pagar, solidariamente, dez mil euros ao pai do menor, além de 50 euros por mês durante o período de suspensão das penas.