A democracia brasileira numa encruzilhada
O Brasil está numa situação alarmante. A possibilidade de banir as redes sociais, seguindo os passos de nações com regimes ditatoriais como a Rússia, a Coreia do Norte, o Irão e a China, é uma ameaça real aos pilares fundamentais da liberdade e da democracia. Observamos que, num padrão assustador, aqueles países começaram com restrições aparentemente moderadas à liberdade de expressão nas redes sociais, com a justificação de controlar a disseminação de informações prejudiciais ao regime; contudo, ao longo do tempo, essas restrições tornaram-se cada vez mais draconianas, culminando na proibição completa do acesso às redes sociais e na repressão de qualquer forma de dissidência ou crítica ao Governo. A liberdade de expressão é uma conquista da qual não podemos abrir mão. Quem deve ter o poder de definir esses limites? O Governo, juízes, legisladores, indivíduos ofendidos, média, professores ou as próprias redes sociais?
É um debate complexo, em que diferentes interesses e valores se confrontam e no qual não há respostas simples ou soluções definitivas. Uma coisa é certa: no Brasil, onde a liberdade de expressão é um direito constitucional, é imperativo resistir a qualquer movimento que possa minar os princípios democráticos.
As redes sociais desempenham um papel crucial. São ferramentas essenciais para o ativismo político, o jornalismo independente e o desenvolvimento económico. Qualquer tentativa para as restringir ou proibir deve ser vigorosamente contestada. GREGÓRIO SIMÃO gregoriojsimao@yahoo.com.br