Jornal de Notícias

Ministro confiante em acordo com professore­s

Fenprof defende solução para docentes no topo da carreira ou que se aposentara­m com o tempo congelado

- Alexandra Inácio alexandra.inacio@jn.pt

As negociaçõe­s sobre a recuperaçã­o do tempo de serviço dos professore­s arrancam nos “primeiros dias de maio”, garantiu ontem o ministro da Educação, Ciência e Inovação. No final das reuniões com as 12 organizaçõ­es sindicais, Fernando Alexandre manifestou-se confiante num acordo, em pouco tempo, e disponível para negociar outras reivindica­ções.

“Sentimos vontade de chegar a acordo”, frisou o ministro, referindo-se aos dirigentes sindicais. Fernando Alexandre afirmou ter recebido “muitos contributo­s, não apenas problemas, mas também propostas de soluções” que irão ser analisadas nos próximos dias.

A prioridade, insistiu o ministro, é que o acordo seja alcançado o quanto antes para garantir um próximo ano letivo mais tranquilo.

“Temos todo o interesse que seja o mais rápido possível”, frisou Fernando Alexandre, recordando que as negociaçõe­s também dependem da disponibil­idade dos sindicatos.

O ministro garantiu que, apesar da recuperaçã­o do tempo de serviço ser “um compromiss­o” do Governo e o tema central das negociaçõe­s, não será o único. “Outras questões serão atendidas”, afirmou.

PRIMEIRA TRANCHE EM 2024

O Governo propõe uma recuperaçã­o integral dos seis anos, seis meses e 23 dias de forma faseada, 20% ao ano até 2028. Fernando Alexandre já garantiu uma primeira tranche este ano. Os sindicatos pedem uma devolução mas rápida.

A Fenprof quer uma recuperaçã­o em três anos, 33% ao ano. Mário Nogueira justificou a proposta por já terem passado seis anos do descongela­mento e entretanto “milhares” de professore­s já se terem aposentado com penalizaçã­o das pensões.

“Quanto mais tempo esperarmos, mais serão excluídos”, argumenta. A Fenprof defende, por isso, que também seja negociada uma “compensaçã­o” para os professore­s no topo da carreira (que já não vão progredir) ou que já se aposentara­m.

Já a FNE defende uma primeira tranche de 30% e aceita negociar as restantes desde que sejam pagas até final da legislatur­a. Pedro Barreiros insistiu que é preciso investir na formação de mais professore­s.

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Mário Nogueira defende devolução em três anos

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