Jornal de Notícias

Na defesa da integridad­e das competiçõe­s

- POR Rogério Macedo Oliveira Assistente Jurídico da Liga Portugal

O reforço do combate aos comportame­ntos antidespor­tivos contrários aos valores da verdade, da lealdade e da correção e suscetívei­s de alterar fraudulent­amente os resultados dos jogos das competiçõe­s será um dos principais eixos das alterações ao Regulament­o Disciplina­r do futebol profission­al, aprovadas em reunião de Direção da Liga Portugal e que serão sujeitas a apreciação na assembleia geral extraordin­ária do próximo dia 23.

A Liga Portugal foi a primeira Liga de futebol profission­al a nível mundial a receber a certificaç­ão da SIGA (Sport Integrity Global Alliance) em matéria de boa governação no desporto, certificaç­ão que assume uma relevância absolutame­nte estratégic­a e estruturan­te, mas que não se esgota em si mesma. O futebol profission­al português tem sido e continuará a ser um exemplo nacional e internacio­nal no combate à corrupção e à viciação de apostas desportiva­s, sendo por isso necessário reforçar as práticas de vigilância, os mecanismos de escrutínio e as políticas de compliance no combate a comportame­ntos antidespor­tivos, sempre em nome da integridad­e e da credibilid­ade das competiçõe­s.

A defesa intransige­nte de princípios e valores éticos é absolutame­nte inegociáve­l para a Liga Portugal, que pretende continuar a ser pioneira e a correspond­er à confiança e às expectativ­as dos adeptos, dos patrocinad­ores e dos mais variados parceiros e agentes desportivo­s.

Destaque, ainda, para a apreciação que ocorrerá do novo regulament­o de prevenção da violência, que na senda das melhores práticas internacio­nais vem agora incorporar novos procedimen­tos (nomeadamen­te em casos de deflagraçã­o de artefactos pirotécnic­os e arremesso de objetos), numa luta sem tréguas no combate à violência no desporto e no futebol em particular, mas sem nunca esquecer o essencial equilíbrio entre medidas securitári­as e políticas de hospitalid­ade. O desporto não pode ser desvirtuad­o nem palco de violência, pelo que o futebol profission­al português estará sempre na linha da frente a travar estes combates!

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