Jornal de Notícias

Raptou mulher para a roubar e também a violou em motel

Vítima atacada na Boavista, Porto, foi obrigada a levantar dinheiro e ainda foi abusada em garagem de Gondomar

- Tiago Rodrigues Alves tiago.alves@jn.pt

Um homem de 41 anos foi acusado pelo Ministério Público do Porto dos crimes de roubo agravado, rapto e violação. Os factos ocorreram em outubro do ano passado nas cidades do Porto e de Gondomar. O suspeito, que estava em liberdade condiciona­l na altura dos crimes, encontra-se em prisão preventiva.

A vítima tinha acabado de sair do trabalho, no final da tarde de 10 de outubro, e preparava-se para entrar no carro, estacionad­o na zona da Boavista. Foi abordada por um homem com uma arma de fogo que a obrigou a entrar no veículo e a dar-lhe a carteira e o telemóvel. Depois, ordenou-lhe que começasse a conduzir, dando-lhe sucessivas indicações para onde deveria ir.

A dado momento, mandou-a parar e trocaram de lugar. Foram até um ATM onde o arguido exigiu à mulher que levantasse e lhe entregasse 250 euros. Na posse do dinheiro e continuand­o a ameaçar a vítima com a arma, conduziu até um bairro da cidade do Porto

onde comprou e consumiu de imediato drogas.

Alegando que a ia deixar no local inicial, o raptor levou a vítima até um motel em Gondomar. Por se tratar de um motel com check-in e check-out automático (basta passar um cartão bancário na portaria para ter acesso), conseguiu entrar sem se cruzar com ninguém. Já na garagem do quarto, subjugou a vítima a práticas sexuais.

DUAS HORAS DE TERROR

Depois, saíram do motel, mais uma vez sem se cruzarem com ninguém, e ele conduziu até ao local onde tinha abordado inicialmen

te a vítima. Mais de duas horas de terror e violência depois, libertou-a.

Os factos chegaram ao conhecimen­to da Polícia Judiciária, que conseguiu identifica­r e localizar o suspeito. Este foi detido a 24 de outubro, em Oliveira de Azeméis, com a colaboraçã­o da GNR. Ficou a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.

Um comunicado da Procurador­ia Geral Distrital do Porto frisou ontem que o arguido estava em liberdade condiciona­l desde maio de 2023, tendo já cumprido penas de prisão duas vezes, designadam­ente por crimes de roubo.

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Vítima foi forçada a levantar dinheiro em caixa ATM

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