Papa chama padres a Roma para discutir o futuro das paróquias
Três sacerdotes portugueses – de Espinho, Maia e Aljubarrota – participam no Encontro Mundial de Párocos
O debate sobre o papel das paróquias na renovação da Igreja é um dos temas que vão ser discutidos por cerca de 300 padres de todo o Mundo que, de hoje até ao dia 2 de maio, se reúnem em Roma no Encontro Mundial de Párocos. De Portugal, apenas três sacerdotes vão estar presentes no encontro internacional “Os Párocos pelo Sínodo”. De acordo com a organização, a reunião quer permitir que os participantes possam “experimentar o dinamismo do trabalho sinodal a nível universal”.
Para “ouvir e valorizar a experiência sinodal”, o Papa Francisco, através da Secretaria-Geral do Sínodo e do Dicastério para o Clero, convidou cerca de 300 padres de todos os continentes para, até ao dia 2 de maio, participarem num encontro de “escuta, oração e discernimento” e quase todas as conferências episcopais aceitaram o convite e enviaram representantes ao encontro.
A representar a Conferência
Episcopal Portuguesa (CEP) vão estar em Roma o padre Sérgio Leal, responsável pelas paróquias de Anta e Guetim, em Espinho e o padre Adelino Guarda, pároco de Aljubarrota. A convite da organização, estará também presente o padre António
Bacelar, da Maia.
“Ser pároco é um grande desafio e é certo que a renovação da Igreja começa nas paróquias”, disse ao JN o padre Sérgio Leal. Em Portugal, como em todo o Mundo, “há um acumular de paróquias e de serviços” que, na opinião do pároco de Anta e Guetim, “pede uma maior envolvência dos leigos”.
“Espero que este encontro seja um contributo para percebermos como é que uma paróquia em concreto pode ser um espaço de renovação”, referiu, antes da partida para o Vaticano.
A participação dos leigos no “governo” das paróquias é outro dos temas do encontro mundial. O relatório de síntese da primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em outubro de 2023, aludia à necessidade de “desenvolver modalidades para um envolvimento mais ativo de diáconos, presbíteros e bispos” na discussão e referia que “uma Igreja sinodal não pode prescindir das suas vozes, das duas experiências, nem do seu contributo”.