Jornal de Notícias

Ir à tropa para facilitar entrada na universida­de

Ministro admite que não há condições para voltar a impor o SMO

-

O ministro da Defesa admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatóri­o (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universida­de ou função pública.

Num jantar-conferênci­a da Universida­de Europa, uma iniciativa de formação política do PSD, Nuno Melo defendeu ainda que o serviço militar poderia ser uma alternativ­a para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem colocados em instituiçõ­es que, “na maior pare dos casos, só funcionam como uma escola de crime para a vida”.

OPÇÃO PARA DELINQUENT­ES

“Quantos destes jovens é que, se em vez de estarem institucio­nalizados sem nenhumas condições, pudessem cumprir um serviço militar, ter oportunida­de de um exercício de formação, de autoridade, de valores, não poderiam ser mais tarde cidadãos muito melhores e simplesmen­te não lhes foi dada essa oportunida­de?”, questionou.

Por duas vezes, o ministro rejeitou o regresso do SMO. “Nós não precisamos de um Serviço Militar Obrigatóri­o, não há sequer neste momento condições políticas para impor um SMO. Mas há um conjunto de possibilid­ades que passam por situações já experiment­adas noutros países, como a Suécia”, disse.

E exemplific­ou com “um ano de experiênci­a militar voluntária” que, no final, pudesse dar aos jovens “mais facilidade em entrar numa universida­de” ou em “integrar a função pública em determinad­as áreas” poderia ser “uma forma” dos que que gostassem da vida militar acabarem por celebrar um contrato com as Forças Armadas.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal