Jornal de Notícias

Jogo de futsal de juvenis termina em pancadaria

Violência no Castromari­nense-Farense terá tido origem em troca de mensagem nas redes sociais

- MARISA RODRIGUES

O jogo de futsal de juvenis entre o União Desportiva Castromari­nense e o Sporting Clube Farense, na passada quinta-feira, 25 de abril, terminou com cenas de pancadaria. O treinador do Farense teve de ser assistido no hospital. E pelo menos duas queixas foram apresentad­as na PSP e uma na GNR, apurou o JN.

Na origem das agressões estará uma mensagem partilhada por atletas do Farense nas redes sociais e que o Castromari­nense considerou ofensiva.

O jogo para a Taça do Algarve Futsal Juvenis decorreu no Pavilhão Municipal de Castro Marim e a vitória, por 4-1, foi da equipa da casa. Na altura dos cumpriment­os finais, vários jogadores de ambos os clubes envolveram-se em confrontos. Nos vídeos a que o JN acedeu veem-se trocas de pontapés e murros entre os rapazes, com adultos a tentar separá-los. Também se vê a delegada do jogo do Farense a ser empurrada e adeptos a saltar das bancadas para o campo.

O diretor do Futsal do Farense, José Vicente, garante que os conflitos começaram quando “um dos atletas do Castromari­nense apertou a mão da delegada e, com a outra mão, deu-lhe um murro, sendo auxiliada pelo treinador, que também foi agredido”. Ambos apresentar­am queixa, mas “há também uma mãe que foi agredida na bancada, enquanto o filho, nosso atleta, implorava para que parassem”.

O dirigente suspeita que, na origem, esteja um incidente após um jogo entre as duas equipas em Faro. “Alguns atletas nossos partilhara­m, nas redes sociais, uma mensagem que o Castromari­nense considerou ofensiva e pela qual apresentou queixa à Associação de Futebol do Algarve” (AFA). José Fernandes garante que os atletas “foram alvo de um processo disciplina­r e absolvidos”. Agora, “o Farense não deverá apresentar queixa para que os ânimos possam serenar”.

Apesar das tentativas, não foi possível ouvir a versão do Castromari­nense.

Ao JN, fonte oficial da AFA repudiou os desacatos que, “não estando relacionad­os com o jogo”, “serão analisados pelo Conselho de Disciplina na próxima semana”.

A PSP confirma duas queixas. A GNR, que tinha dois militares destacados para o jogo, explica que identifico­u várias pessoas e recebeu, pelo menos, uma queixa no posto de Castro Marim.

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Pancadaria aconteceu só após o final do jogo

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