Hugo Viana, o arquiteto dos bastidores
Diretor desportivo é importante na política de contratações e já tem interessados na Europa
FIGURA Com a derrota do Benfica, em Famalicão, o Sporting sagrou-se campeão em 2023/24. Muito deste título deve-se a um trio específico: Frederico Varandas, Ruben Amorim e Hugo Viana.
Tudo começou em 2018, ano em que Frederico Varandas se tornou presidente e reestruturou o clube. Uma das apostas foi Hugo Viana para diretor das relações internacionais. Este, de imediato, mostrou serviço, fez parte da vinda de Marcel Keizer e foi promovido a diretor desportivo.
No novo papel, o antigo internacional português foi um dos envolvidos na contratação de Ruben Amorim. Na altura, o Sporting arriscou tudo e pagou 10 milhões de euros por um técnico inexperiente. A verdade é que este foi o casamento ideal.
Entre outros dossiês, a gestão das transferências tem vincado a importância de Hugo Viana. Sem ter uma bola de cristal, a verdade é que têm sido mais os casos de sucesso que o contrário. Com ele chegaram jogadores como Porro, Matheus Nunes, Gyokeres, Hujlmand, Diomande, Ugarte e Pedro Gonçalves. O leão soube valorizar muitos destes ativos e vender com critério. Exemplos de boa gestão que o próprio Ruben Amorim, em diversas conferências, já fez questão de salientar. “Estou bastante satisfeito e tenho de pagar um jantar ao Hugo Viana, que bem merece pelo grande mercado que fez”, assumiu o técnico em setembro do ano passado.
Aos poucos, Hugo Viana acabou por reforçar poderes e começou a ser badalado na Europa, com especial destaque para o mais recente rumor que envolve o Newcastle. Frederico Varandas, no ano passado, já tinha relatado a existência de sondagens, sem, no entanto, nomear clubes. “Ele vai ficar chateado, mas vou dizer: o Viana já teve convites para ir para as melhores ligas da Europa. Recusou. Tenho muito orgulho nesta estrutura”, atirou, então, o presidente do Sporting.