Jornal de Notícias

Montenegro alerta polícias para “cenários irrealista­s”

Governo e estruturas sindicais da PSP estão a negociar atribuição de subsídio. Proposta inicial desagradou. Primeiro-ministro avisa que contexto é “difícil”

- Inês Banha ines.banha@jn.pt

TOMADA DE POSSE O primeiro-ministro, Luís Montenegro, aproveitou a tomada de posse do novo diretor nacional da PSP, Luís Carrilho, para avisar as estruturas sindicais das forças de segurança que a necessária “valorizaçã­o” da carreira terá de ser feita num “contexto difícil”, em que o Governo tem de dar resposta a “centenas de prestadore­s de serviço público de várias áreas”.

“Qualquer alteração provoca uma mexida muito substancia­l nas nossas contas e na nossa gestão orçamental”, alegou ontem o chefe do Executivo, numa altura em que estão em curso negociaçõe­s entre os representa­ntes dos elementos da PSP e da GNR sobre a atribuição de um suplemento de missão nestas instituiçõ­es. A próxima reunião é na quarta-feira e os sindicatos ameaçam abandonar as conversaçõ­es se o Governo mantiver a primeira proposta.

“Não vale a pena alimentar a opinião pública com

Maior proximidad­e

O novo diretor nacional da PSP, Luís Carrilho, defende que, num mundo em “mutação”, a Polícia terá de ser “cada vez mais próxima do cidadão”.

Antecessor à civil

O antecessor, Barros Correia, assistiu à civil à posse. Carrilho liderava a Unidade Especial de Polícia.

cenários irrealista­s”, avisou Luís Montenegro, defendendo que “todos” têm de “se correspons­abilizar com” as próprias ações.

DIRETOR QUER VALORIZAR

“No Governo, somos governante­s a todo o tempo, e os agentes das forças de segurança também são agentes de segurança a todo o tempo, estejam eles em funções na rua, estejam eles em funções asso

ciativas, sindicais, à mesa das negociaçõe­s”, frisou.

Minutos antes, Luís Carrilho elegera a valorizaçã­o socioprofi­ssional, incluindo financeira, de quem trabalha na PSP como uma das apostas. O novo diretor sucede a José Barros Correia, que esteve sete meses no cargo e, após ter sido demitido pela ministra da Administra­ção Interna, Margarida Blasco, vai passar à pré-aposentaçã­o.

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O novo diretor nacional da PSP, Luís Carrilho (esq.), e o antecessor, Barros Correia

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