Jornal de Notícias

Fenprof acusa ministro de “dar com uma mão e tirar com a outra”

Federação traça como linha vermelha revogação do acelerador de progressão na carreira. FNE quer recuperaçã­o de 30% a avançar já em julho

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O secretário-geral da Federação Nacional dos Professore­s (Fenprof ) avisou, ontem, que a revogação do diploma que implemento­u mecanismos para acelerar a progressão na carreira é uma linha vermelha nas negociaçõe­s da recuperaçã­o do tempo de serviço.

“O que o Ministério está a fazer é dar com uma mão e tirar com a outra”, disse Mário Nogueira, a propósito da contraprop­osta enviada anteontem ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) para a segunda reunião negocial da tutela com as estruturas sindicais, que está agendada para segunda-feira.

Além de querer que o processo seja mais rápido – a Fenprof propõe a recuperaçã­o faseada ao longo de apenas três anos, a uma média anual de 33% –, a Fenprof vai apresentar à tutela três linhas vermelhas, a começar pela revogação do “acelerador” da progressão na carreira, que permite aos docentes afetados pelos dois períodos de congelamen­to da carreira recuperare­m o tempo em que ficaram a aguardar vaga para o 5.º e 7.º escalões.

RECUPERAÇíO EM JULHO

Por seu turno, a Federação Nacional da Educação (FNE) vai propor ao Governo a recuperaçã­o de 30% do tempo de serviço dos professore­s já em julho e que o processo esteja concluído até 2027. Na contraprop­osta enviada ao MECI, a que a Lusa teve acesso, propõem a recuperaçã­o dos 2393 dias já a partir de 1 de julho e ao longo de quatro anos: 30% em 2024, 30% em 2025, 20% em 2026 e os últimos 20% em 2027.

“Deve ter início a última tranche em 1 de julho de 2027, porque só assim se garante que no final da legislatur­a o tempo de serviço está todo recuperado, não deixando para futuros governos esta questão”, disse o secretário-geral Pedro Barreiros.

A proposta do Executivo, que foi apresentad­a aos sindicatos na semana passada, prevê a devolução faseada do tempo congelado a uma média anual de 20%, começando em 1 de setembro deste ano.

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Fenprof propõe recuperaçã­o faseada em três anos

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