Rui Moreira ouviu “com entusiasmo” Montenegro no Porto
Primeiro-ministro escolheu a câmara nortenha para apresentar estratégia com 30 medidas para habitação
ENCONTRO Foi com entusiasmo que o presidente da Câmara do Porto recebeu ontem o primeiro-ministro, no Porto, para a apresentação da Estratégia do Governo para a habitação que contempla 30 medidas para dar respostas à crise habitacional (ver Dinheiro Vivo). Sem espaço para perguntas dos jornalistas à entrada e à saída, a escolha proporcionou o segundo encontro entre Luís Montenegro e Rui Moreira, depois da AD anunciar o nome de Sebastião Bugalho para cabeça de lista da coligação para as eleições europeias de 9 de junho.
O abraço entre os dois políticos também aconteceu sem que o PSD tenha desmentido o convite a Rui Moreira para encabeçar a candidatura da lista às europeias. Certo é que, conhecida a decisão de Montenegro por Bugalho, o autarca do Porto, que termina o mandato em 2025, recusou integrar a lista em segundo lugar. Já durante a apresentação da Estratégia “Construir Portugal: Nova Estratégia para a Habitação”, com ou sem atritos, o ambiente foi de comunhão total.
No início da sessão, Rui Moreira declarou estar “entusiasmado em ouvir” o que o primeiro-ministro tinha para dizer e acrescentou que será um “parceiro leal e disponível para ajudar” a combater a crise habitacional. O primeiro-ministro respondeu que
Pouca ambição
Já o Chega acusou o Governo de não ter “ambição” e de “continuidade”. “não é possível fazer uma transformação na área da habitação sem colaboração com os municípios” e realçou que a nova estratégia para a habitação pretende “restabelecer a confiança dos portugueses” ao contrário do programa do anterior executivo.
RECUPERAR CONFIANÇA
Sobre a Estratégia, que contempla medidas como a garantia pública para viabilizar crédito à habitação destinada a jovens, Montenegro atirou que o programa Mais Habitação, do Governo de António Costa, quebrou a “relação de confiança” mesmo “antes de nascer”. “Ainda estava em gestação e já tinha sido condenado ao insucesso”, reforçou.
O novo pacote de medidas tem um prazo de execução que vai de dez dias a quatro meses, com Montenegro a prometer uma ronda de diálogos para “trocar ideias” com os restantes partidos durante a próxima semana.