TAP com prejuízos de 71,9 milhões
Companhia diz que primeiro trimestre é “tradicionalmente de pior desempenho”. Transporte de passageiros sobe 0,6%
A TAP teve prejuízos de 71,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um valor pior do que em período homólogo do ano passado, mas que representa uma melhoria em 34,7 milhões face ao período pré-pandemia. Em comunicado, a companhia aérea lembra que o primeiro trimestre “é tradicionalmente o de pior desempenho financeiro”, para sublinhar que entre janeiro e março deste ano conseguiu melhorar a performance operacional, um crescimento contínuo nas receitas e alcançou “resultados operacionais resilientes”.
O desempenho operacional da companhia aérea nos primeiros três meses do ano melhorou, superando o primeiro trimestre de 2023 em várias métricas: transportou mais passageiros (+0,6%), aumentou a sua capacidade (+3,8%) e melhorou o ‘load factor’ (+0,3 pontos percentuais).
As receitas operacionais atingiram os 862 milhões, aumentando em 3,1% face ao primeiro trimestre
de 2023. A empresa destaca as receitas do segmento de passageiro, que subiram 5%.
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) recorrente alcançou os 83,7 milhões e um EBIT (sem
considerar as depreciações e amortizações) recorrente negativo de 43,3 milhões, superiores aos níveis de 2019 (5,5 milhões e -99,3 milhões, respetivamente).
LIQUIDEZ REFORÇADA
No ano passado, a TAP alcançou o maior resultado líquido de sempre, com um lucro de 177,3 milhões, enquanto as receitas ultrapassaram pela primeira vez os 4000 milhões, anunciou a empresa.
O comunicado refere que, a 31 de março de 2024, o Grupo apresentava uma posição de liquidez de 1133,4 milhões, um aumento de 344 milhões face ao final de 2023, no seguimento da execução da segunda tranche de aumento de capital pelo acionista, em janeiro de 2024, no valor de 343 milhões.
Citado no comunicado ontem divulgado, o presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, considerou que, no primeiro trimestre de 2024, a empresa prosseguiu o “processo de transformação estrutural” que era exigido.