Paixão levou fafense a construir o salto em casa
Carlos Costa coleciona miniaturas e já tem uma espécie de minimuseu
Em Fafe há muitos anos que a paixão pelos ralis se manifesta de várias formas. Carlos Costa, motorista de camiões, decidiu fazer com que o mítico Salto de Fafe fosse replicado em casa. De um pedaço de madeira maciça começou o trabalho que culminou na passada sexta-feira. “Isto é uma paixão”, disse, orgulhoso, enquanto olhava para a peça que simboliza o salto e onde quis colocar o carro do piloto Petter Solberg. “É simpático e muito acessível”, justificou Carlos. No salto não falta o pórtico com as marcas publicitárias, o público e os fotojornalistas. “Tentei que fosse uma réplica fiel”, sublinhou.
Contudo, não é apenas este “minissalto” que se destaca na sala de visitas da casa. Quem olha em redor depara-se com uma espécie de museu com carros em miniatura, fotografias de Carlos Costa autografadas pelos pilotos mais famosos, quadros e as motas de Miguel Oliveira. São cerca de 300 exemplares. Um mundo de motores, a quatro e duas rodas. “Estou sempre a comprar miniaturas mas não compro uma qualquer. Têm de ter história”, afirma, apontando para os carros de Markku Allen, Hannu Mikkola ou Carlos Sainz, máquinas que marcam a história do Mundial de Ralis e a coleção quase completa da Diabolique. Uma coleção que faz há três anos e que vem na sequência de uma forte ligação aos ralis: “O meu pai trabalhava numa padaria e saía de madrugada. Quando vinha do trabalho queria-me levar para o rali e desde pequeno comecei a ter essa paixão”.
Como motorista de pesados percorre vários países da Europa, mas é em Espanha que dá corpo à coleção. “A minha profissão permite-me ter alguns amigos no estrangeiro que sabem desta minha paixão e vão-me ajudando a arranjar alguns exemplares”. De resto, quando há competições em Portugal, Carlos Costa vai para junto dos pilotos para os abordar, conseguir autógrafos e fotografias que enriquecem a coleção. Um vício que também lhe sai do bolso. “Os preços são muito variáveis. Há réplicas mais caras, a 400 euros, por exemplo, mas outras mais acessíveis, a 60. Depende do que se quer comprar”, concluiu.