Zelensky quer Biden e Xi Jinping na cimeira da paz
Líder da Ucrânia pretende capitalizar apoios e hoje é esperado em Espanha. Portugal é incógnita
O presidente da Ucrânia, que hoje é esperado em Espanha, convidou os seus homólogos dos Estados Unidos e da China para a cimeira da paz que vai decorrer na Suíça, em junho. Enquanto persistem as dúvidas sobre se também visita Portugal, Volodymyr Zelensky quer capitalizar mais apoios junto de Joe Biden e de Xi Jinping na defesa do seu país.
“Apelo aos líderes mundiais (...), ao presidente Biden, líder dos Estados Unidos, e ao presidente Xi, líder da China (...): por favor, apoiem a cimeira de paz com a vossa liderança e participação”, disse Zelensky numa mensagem de vídeo.
Vários órgãos de Comunicação Social portugueses têm noticiado a visita do presidente ucraniano a Portugal amanhã. No entanto, não há confirmação oficial e ainda anteontem Marcelo Rebelo de Sousa escapou à questão, quando foi confrontado por jornalistas, à margem da visita que fez ao Banco Alimentar Contra a Fome, em Lisboa. “Eu, para terça-feira, só posso confirmar uma coisa: é que recebo em visita de Estado o presidente da República Dominicana. Está marcado há muito
tempo”, respondeu o presidente da República, citado pela Lusa.
Zelensky teve de cancelar a agenda internacional, em meados deste mês, devido ao agravar da situação nas linhas de combate, sobretudo em Kharkiv. Aquela que é segunda maior cidade da Ucrânia voltaria a ser fustigada nestes dias, quando um míssil russo atingiu um hipermercado, matando 16 pessoas.
MAIS EQUIPAMENTO
Este ataque fez elevar de novo o tom reivindicativo do alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros. Na rede social X, Josep Borrell lançou um apelo aos estados-membros para doarem mais equipamento de defesa aérea à Ucrânia, porque “salva vidas e protege as cidades”.
A questão da defesa da Ucrânia foi recentemente abordada pelo secretário-geral da NATO. Numa entrevista ao jornal “The Economist”, Jens Stoltenberg propôs aos países aliados levantar algumas das restrições impostas à Ucrânia quanto ao uso das armas doadas, no sentido de permitir a Kiev atacar “objetivos militares e legítimos” na Rússia.