Campo de tiro comprado por imobiliária
Sociedade imobiliária, da qual faz parte o empresário Luís Paixão Martins, vai investir 1,1 milhões de euros na revitalização de um dos principais atrativos do concelho: a atividades cinegética
A HERDADE do Campo de Tiro de Monfortinho, Idanha-a-Nova, que já foi propriedade do Grupo Espiríto Santo, acaba de ser adquirida por uma sociedade imobiliária familiar, da qual faz parte Luís Paixão Martins, fundador da empresa de comunicação LPM,
A aquisição foi feita em leilão público de ativos da Sociedade das Águas da Fonte Santa das Termas de Monfortinho, que se encontra em processo de recuperação financeira (PER), na sequência da crise do Grupo Espírito Santo/BES.
A herdade tem cerca de 90 hectares, é atravessada por dois afluentes do Rio Erges, junto à fronteira com Espanha, e inclui área florestal, olival, barragem, zona de recreio com piscinas, restaurante, campo de tiro desportivo e percurso de tiro de caça.
A nova sociedade gestora da herdade vai manter a concessão existente do restaurante do Clube de Tiro, que ocupa o histórico pavilhão de caça do Conde da Covilhã.
A dinamização turística com melhoria das infraestruturas existentes, a instalação de novos equipamentos e a criação de uma microempresa sediada no concelho e que criará dois postos de trabalho permanente e cinco outros na época alta, são objetivos dos novos investidores que programaram investir na herdade cerca de 1,1 milhões de euros. Para além da vertente tu- rística, explica Luís Paixão Martins ao JF, “temos um projeto de gestão florestal, que inclui, nomeadamente, o abate de eucaliptos e mimosas e novos plantios de sobreiros, pinheiros e carvalhos”.
Com ligação familiar a Monfortinho, Luís Paixão Martins, observa que a Herdade do Clube de Tiro de Monfortinho “é um excelente exemplo das caraterísticas únicas da oferta do concelho de Idanha-a- Nova em termos de agrofloresta e turismo ecológico e rural. Pensamos que reúne as aptidões necessárias para o nosso objetivo de manter uma exploração essencialmente florestal em convivência equilibrada e produtiva com o lazer e a natureza”.
A empresa está a desenvolver dois estudos para aquela herdade: o desenvolver ações complementares da agrofloresta, como a criação de uma marca própria para comercializar azeite e mel, atividades lúdicas no espaço rural e eventualmente alguma oferta de alojamento de baixíssima densidade e com caraterísticas ecológicas. Outro dos pontos a desenvolver passará pela “potenciação, provavelmente através de uma parceria qualificada, da carreira de tiro desportivo e do percurso de tiro de caça, dois dos mais bem equipados do país e que constitui proposta diferenciada para uma região com atração para a prática cinegética”, completa o empresário que, a par dos projetos em Monfortinho, está envolvido na criação de um equipamento museológico em Sintra, o “NewsMuseum”, que tem por objetivo a divulgação e a promoção dos Media, do Jornalismo e da Comunicação. Trata-se de equipamento privado que está a financiar através da Associação Acta Diurna e que deverá abrir ao público em abril.