E as salas do presente?
Muito tenho ouvido falar das salas do futuro e até não tenho nada contra isso. É a evolução natural das coisas. O que me preocupa é que de tanto falar em futuro, se esqueça o presente.
No caso da Educação, parece que vamos pelo menos caminho que a Saúde. Ou seja, estamos todos muito preocupados com as salas e os equipamentos do futuro, mas parece que olhamos pouco para as salas e os equipamentos do presente.
Estamos a chegar a mais um fim de ano e já começo a ouvir amigas minhas a se queixarem que os filhos ficam sem tempo para nada com testes em cima de testes, com explicações em cima de explicações, com atividades desportivas recomendadas pelas médicos e professores. Se a tudo isso juntarmos o tempo que os mais novos gastam nas redes sociais e nos computadores e jogos de consola, então rapidamente percebemos que estamos a falhar nas salas do presente.
Não me refiro aqui apenas às salas de aulas, mas sobretudo às salas de estar, lá de casa, em família. A verdade é que esta sociedade corre o dia todo e pára para ver os telemóveis e outros equipamentos do futuro. E cava-se aí um fosso que era bom que alguém estivesse a ver. Neste caso concreto, acho que as escolas devem ter outra postura e seguir aquilo que os pedagogos defendem: flexibilização curricular, ensino direccionado, aulas mais leves, conteúdos melhor apresentados. Se se conseguir juntar um pouco de cada um desses ingredientes, mais o empenho das famílias e o esforço dos professores que o são por dedicação, acredito que teremos melhores salas... do presente !!!!