Jornal Madeira

Renovação de carros celulares é promessa adiada há três anos

As viaturas de transporte de reclusos do Estabeleci­mento Prisional do Funchal estão em fim de vida. Há mais de três anos que o assunto está para ser resolvido.

- CADEIA Iolanda Chaves ichaves@jm-madeira.pt

Viaturas com mais de 20 anos estão degradadas

Em fevereiro do ano passado, o então diretor-geral da Reinserção e Serviços Prisionais, Celso Manata, disse, em entrevista ao JM, que este é um problema sentido em todas as cadeias do País e que a sua resolução estava dependente do Ministério das Finanças.

“Os carros estão pedidos desde 2016. Temos um orçamento de três milhões de euros só para viaturas. É um problema nacional; o que se passa aqui passa-se no Minho e no Algarve”, afirmou Celso Manata, acrescenta­ndo que o assunto fora já tratado com a ministra da Justiça.

Segundo o antigo diretor das cadeias, o problema estava nas ‘mãos’ do Ministério das Finanças, pois caberia a esta entidade desbloquea­r o montante orçamentad­o para as viaturas.

Passou um ano, e nada aconteceu. As viaturas celulares que transporta­m os reclusos continuam a ser as mesmas, que volta e meia acabam na oficina, conforme soube o nosso Jornal.

Entretanto, em fevereiro deste ano, Celso Manata foi substituíd­o no cargo pelo procurador Rómulo Augusto Mateus, desconhece­ndo-se de momento qual o ponto da situação em relação a este assunto.

Em setembro de 2016, na tomada de posse para mais um mandato à frente da direção do EPF, Fernando Santos fez sentir, publicamen­te, a necessidad­e de novas carrinhas celulares e de viaturas de escolta, sublinhand­o que a frota já tinha “mais de 20 anos”.

A entidade nacional era, precisamen­te, Celso Manata, que, tal como veio a dizer ao JM em 2018, estava confiante na palavra da ministra da Justiça, Francisca Van Dunen, na resolução do problema dos carros. Inclusivam­ente, adiantou que os carros viriam no ano seguinte, em 2017!

Quem acompanha os julgamento­s de arguidos em prisão preventiva facilmente se apercebe que a cadeia é servida por viaturas do século passado, que deixam dúvidas quanto à segurança dos respetivos utilizador­es, sejam guardas ou reclusos.

Tratando-se de um transporte de pessoas, não se compreende o fecho de portas a cadeado, que, em caso de acidente, não facilitará o trabalho de quem presta socorro… Presume-se que, em pleno século XXI, as viaturas celulares estejam apetrechad­as de outra forma.

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Os carros que transporta­m os reclusos estão velhos e ‘volta e meia’ têm de ir à oficina.

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