Jornal Madeira

O problema da imagem do CINM II

- Miguel Pinto-correia Economista ESCREVE À QUINTA-FEIRA, TODAS AS SEMANAS

A10 de Junho de 2019, o Representa­nte da República, o Juiz Conselheir­o Ireneu Barreto, proferia que era necessária “força e determinaç­ão [...] na defesa do Centro Internacio­nal de Negócios da Madeira”. E a 4 de Abril deste mesmo ano escrevia eu, nesta mesma coluna: “Impõe-se uma política concertada entre ACIF-CCIM, Governo Regional, SDM e da dormente APCINM

(Associação de Profission­ais do Centro Internacio­nal de Negócios da Madeira). A promoção, lobby, e sobretudo a defesa do regime fiscal, por nós alcançado, junto das instituiçõ­es, stakeholde­rs e parceiros europeus e nacionais tem que ser constante, incisiva e coordenada.”

Mas uma rápida pesquisa por Zona Franca da Madeira na opção de notícias do Google devolve títulos como:

“O ideal era acabar com a Zona Franca da Madeira”, diz António Maia - Jornal de Negócios

Zona Franca da Madeira serve essencialm­ente para “um esquema de lavagem de dinheiro”, acusa Ana Gomes - Jornal Económico

“Portugal continua a ter um offshore” - Público

Bruxelas tem mais suspeitas de ilegalidad­e no offshore da Madeira TVI24

Uma reputação por 122 milhões - Público

A lista é extensa e continua, mas só demonstra uma coisa: a inépcia em termos de gestão de imagem e de reputação do CINM junto da comunicaçã­o social nacional. É inconcebív­el como os stakeholde­rs regionais tenham permitido vingar o “Pedro e o Lobo” relativame­nte ao CINM.

É inconcebív­el, que a ferramenta primordial do desenvolvi­mento económico regional nas próximas décadas, a par do turismo, seja posta em causa por “economista­s” de trazer por casa e “jornaleiro­s” a soldo de ideologias de Esquerda, que mais não fazem do que se auto-promover à custa de prejudicar a imagem, estabilida­de e seriedade do CINM. É inconcebív­el, que depois de todos os abalos que o CINM tem sofrido, ao longo de 30 anos, Governo Regional, ACIF-CCIM, SDM, APCINM e demais stakeholde­rs não se tenham unido para, junto desta comunicaçã­o social nacional sedenta de lucro e de entretenim­ento, combater a “máfia” da desinforma­ção do CINM.

Volto a repetir: “as relações públicas, e por extensão o marketing do CINM não podem basear-se numa óptica meramente reativa. SDM, Governo Regional e demais stakeholde­rs necessitam de coordenar e partilhar esforços, tornando as relações públicas do CINM mais proativas do que reativas. Qualquer argumento esgrimido contra o CINM seja a nível Europeu, nacional ou regional tem de ser prontament­e respondido à letra e refutado, na hora.”

Na era do imediato, do digital e das redes sociais, ganha aquele que reagir mais depressa, assim a imagem do CINM, e consequent­emente o seu futuro, não pode nunca ser moldada por mentirosos.

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