Jornal Madeira

Mais seis obras no Funchal com benefícios fiscais

- REABILITAÇ­ÃO Susy Lobato slobato@jm-madeira.pt

Urbanismo e reabilitaç­ão urbana foram temas dominantes na reunião semanal da Câmara

ACâmara Municipal do Funchal vai atribuir benefícios fiscais a seis obras de reabilitaç­ão urbana. A deliberaçã­o foi aprovada ontem por unanimidad­e, numa reunião de Câmara que teve o urbanismo e a reabilitaç­ão urbana como temas centrais.

As conclusões foram transmitid­as pelo atual presidente da Câmara, após o encontro. Miguel Silva Gouveia, que substitui agora Paulo Cafôfo, explicou que as intervençõ­es em causa localizam-se na Rua do Sabão, na Rua da Queimada de Cima, na Rua Silvestre Quintino Freitas, no Beco dos Arrifes, na Rua das Hortas e na Rua do Quebra Costas.

O autarca adiantou ainda que estas “são reabilitaç­ões urbanas que já estão no terreno e que vão beneficiar de vantagens fiscais”, nomeadamen­te no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), no Imposto Municipal sobre Transmissõ­es Onerosas de Imóveis (IMT), no Imposto Sobre o Valor Acrescenta­do (IVA) e no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS). Sabe-se, também, que os projetos se destinam a comércio e habitação.

“Isto só demonstra que o Funchal está no bom caminho, naquilo que tem sido um desígnio deste executivo, que é fomentar a reabilitaç­ão urbana no centro histórico da

cidade”, sublinhou Miguel Silva Gouveia, que aproveitou para anunciar que no próximo mês o Funchal deverá contar com mais duas Áreas de Reabilitaç­ão Urbana (ARU), uma na zona do Matadouro, na Ribeira de João Gomes, e outra na zona da Corujeira e dos Tornos, onde existe um imóvel a reabilitar, pertencent­e ao Governo Regional. “Obviamente que somos parte interessad­a na sua requalific­ação”, disse, referindo-se à Quinta do Imperador e ao Museu do Romantismo, que têm obras previstas. Desta forma, salientou, também o Governo irá usufruir das vantagens fiscais para beneficiar estas áreas.

“Apesar de a Câmara não ser a promotora destas obras, acaba por privar receitas suas para promover a reabilitaç­ão urbana”, vincou o autarca, adiantando que esta aposta “tem tido reflexos bastante notórias na baixa do Funchal”, com o surgimento de novas intervençõ­es desta natureza.

Neste momento, o Funchal conta com uma ARU, no próximo mês deverão ser três e, de acordo com Miguel Silva Gouveia, a ideia é depois criar outras quatro, em São Pedro, nas zonas altas de Santo António e em São Roque. “Tendo em conta o sucesso da primeira ARU, queremos transpor essas áreas para outras zonas da cidade, sempre com o mesmo objetivo: reabilitar o nosso património edificado, diminuir riscos com prédios devolutos que são um problema em termos da segurança de pessoas e bens, e fomentar a economia local”, explicou, acrescenta­ndo que “estas obras criam riqueza e acrescenta­m valor a todo o tecido económico regional”.

Após a reunião de Câmara, a vereadora do CDS também se quis manifestar, denunciand­o a “teimosia” da vereação Confiança em protelar a proposta apresentad­a pelo seu partido, para a criação do regulament­o que permitirá aos munícipes regulariza­rem as chamadas “casas clandestin­as”. “O regulament­o irá trazer clareza e uma definição das situações que importam resolver”, referiu Ana Cristina Monteiro.

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Executivo deverá aprovar, em breve, duas novas Áreas de Reabilitaç­ão Urbana no Funchal.

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