Latório da TAP
fizer já a partir de sexta-feira [hoje], “é a prova que não quer saber da Madeira e dos madeirenses, como já demonstrou nos últimos quatro anos”.
Pelo CDS, Lino Abreu também criticou o Presidente da República, acusando-o de se esconder “atrás das suas ‘selfies’ e abraços”, mas “só acordou quando a TAP distribuiu dividendos”.
“A nossa posição sobre o relatório só não foi favorável porque não vimos qualquer palavra sobre o Governo Regional”, justificando, o deputado centrista, a abstenção.
Entre os que haviam votado contra, não impedindo, contudo, a respetiva aprovação, temos que PS, cujo líder do grupo parlamentar, Victor Freitas, lembrou que a situação nas ligações entre a Madeira e o continente se devia à liberalização do espaço aéreo proposta pelo Governo Regional, salientando que o subsídio social de mobilidade passou de 11 milhões de euros com o Governo PSD/CDS, de Pedro Passos Coelho, para mais de 30 milhões de euros com António Costa.
Mesmo reconhecendo que preferia outro modelo de renacionalização, Victor Freitas considerou que o atual cenário se deve aquela medida, datada de 2008. “Esta é a liberalização que o PSD quis e nenhum Governo pode fixar preços”, explanando, nas suas justificações, que o processo em relação à carga aérea será semelhante, exaltando que os Açores optaram por um modelo diferente, salvaguardando “obrigações de serviço público”, enquanto que na Madeira o que se assiste é que “muitos exportadores estão a ser penalizados por esta política do PSD”.
Entre os contestatários esteve o JPP, mais pela fórmula seguida pela comissão do que propriamente pelo seu teor. Assim, Élvio Sousa, igualmente líder do seu grupo parlamentar, também manifestou as suas preocupações relativamente às ligações aéreas, mas realçou que não aprovava o relatório, pelo facto de o presidente e de o relator da comissão serem do mesmo partido, designadamente o PSD, generalizando esta crítica a outras comissões. “O resultado final é forjado, manipulado e condicionado”, disse.
Por seu turno, também os deputados Ricardo Lume (PCP) e Roberto Almada (BE) consideraram que os problemas atuais nas ligações aéreas entre a Madeira e o continente se deviam à liberalização do espaço aéreo e à privatização dos aeroportos portugueses. Para ambos, a privatização da TAP e dos aeroportos devem ser revertidos para passarem a ser controlados a 100% pelo sector público.
Gil Canha, independente, disse ser um problema a atuação da TAP para com a Região e os emigrantes na Venezuela, mas lamentou que o Governo Regional não aja de forma “felina” contra o monopólio dos portos, no que foi secundarizada pela deputada do PTP, Raquel Coelho, declarando que o PSD “só veste a roupa de defesa do povo quando é para atacar o Governo da República”.
“Mas o PS tem de fazer também o seu ato de contrição e pedir desculpas por uma República madrasta”, acrescentou.
Gualberto ‘manda’ Célia atender o telefone