“Satisfação” com conclusão do acordo sobre SIRESP
Altice Portugal e a Motorola Solutions manifestaram-se ontem
AAltice Portugal e a Motorola Solutions manifestaram ontem “satisfação” com a “efetivação do acordo” de compra pelo Estado das suas participações no SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança, “a contento de todas as partes”.
O Estado comprou por sete milhões de euros a parte dos operadores privados, Altice e Motorola, no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP), foi ontem anunciado pelo Governo.
“A Altice Portugal e a Motorola Solutions confirmam a efetivação de acordo relativo à aquisição por parte do Estado das suas participações na [empresa] SIRESP SA”,
referem, adiantando que “no atual momento, e em estrito respeito ao decurso do processo, as empresas não fazem mais qualquer comentário, exceto se tal se tornar imperioso por motivos de força maior”, referem ambas as empresas.
Sublinham ainda que “é com satisfação que se regista a conclusão deste longo processo, principalmente, face a um desfecho a contento de todas as partes envolvidas”.
O decreto-lei, aprovado ontem em Conselho de Ministros, “transfere integralmente para a esfera pública” as funções relacionadas com a gestão, operação, manutenção, modernização e ampliação da rede SIRESP, e também a estrutura empresarial.
A transferência será feita a 1 de dezembro de 2019 e o Estado vai pagar sete milhões de euros, que corresponde a 33.500 ações, afirmou, no final da reunião, o secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo.
O SIRESP é detido em 52,1% pela PT Móveis (Altice Portugal) e 14,9% pela Motorola Solutions, sendo 33% da Parvalorem (Estado).
FIM “AO TOTAL DESCONTROLO”
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) considerou “absolutamente acertada” a decisão do Governo de ficar com 100% do capital do SIRESP, avançando que põe fim “ao total descontrolo”.
“É o fim de uma telenovela que já se arrastava há muito tempo com graves preocupações e prejuízos para todos aqueles que utilizavam esta ferramenta tão importante para a segurança das pessoas”, disse à agência Lusa o presidente da LBP.