Protocolo com GNR deixa bombeiros em alvoroço
Câmara Municipal de Machico obrigada a esclarecer assunto
Oprotocolo assinado na passada quinta-feira entre a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Câmara Municipal de Machico deixou as associações de bombeiros regionais confusas, e até, de certa forma, estupefactas.
Segundo apurou o JM, vários profissionais ligados aos ‘Soldados da Paz’ não percebem as razões que levaram à assinatura
de um protocolo, pelo menos da maneira em que foi tornado público, de que a GNR seria uma força de 1ª intervenção de proteção e socorro em Machico. Muitos bombeiros referiram ao JM que a GNR não tem, pelos menos na Região, meios para o combate a incêndios florestais, nem está capacitada com estrutura suficiente na RAM para a prevenção e socorro às populações, principalmente num concelho como o machiquense.
Durante a manhã de ontem, muitos profissionais manifestaram confusão e pouca abertura para este protocolo, pelo menos se for como o anunciado. Alguns mostraram preocupação, outros ficaram sem saber qual a verdadeira razão.
Apesar de existir uma equipa do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), que tem operacionais prontos a efetuar uma primeira intervenção em incêndios, a GNR não dispõe de veículos de combate a incêndios florestais ou urbanos. Na Região, este grupo apenas está vocacionado para o resgate e socorro em montanha, onde até tem intercedido em algumas missões. É, segundo se sabe, uma força importante, mas mais auxiliar à prevenção e socorro aos meios operacionais existentes na RAM e que estão a cargo das várias corporações de bombeiros.