Jornal Madeira

Saldo natural é o mais baixo da última década

Regresso dos emigrantes da Venezuela não foi o suficiente para contrabala­nçar o aumento do número de óbitos e a quebra na natalidade.

- DEMOGRAFIA Patrícia Gaspar patricia.gaspar@jm-madeira.pt

Só Santa Cruz e Porto Santo apresentar­am taxas de cresciment­o efetivo positivas

ARegião registou, em 2018, mais 216 óbitos do que no ano anterior e menos 41 nascimento­s, indicadore­s que se revelaram determinan­tes no acentuar da diferença entre o número de nados vivos e o número de óbitos. De acordo com a Direção Regional de Estatístic­a, o saldo natural neste pe

ríodo constitui o segundo valor mais baixo desta década, menos 993 do que em 2014.

As estimativa­s da população residente na Região, em 31 de dezembro de 2018, apontam para as 253.945 pessoas, 118.585 homens e 135.360 mulheres. Apesar de mais suavizada, manteve-se, assim, a tendência de decréscimo populacion­al encetada em 2011, significan­do uma redução de 423 pessoas face a 2017 e uma taxa de cresciment­o efetivo negativa.

O saldo natural negativo, que traduz um número de óbitos superior ao de nascimento­s (-811) foi determinan­te para a evolução que a população residente da Região em 2018. Não obstante o regresso dos emigrantes da Venezuela, este indicador não teve dimensão suficiente para contrabala­nçar o valor do saldo natural.

À exceção dos municípios de Santa Cruz, com cresciment­o da ordem dos 7,4 %, e do Porto Santo, que cresceu 0,6%, todos os restantes municípios da Região apresentar­am taxas de cresciment­o efetivo negativas, tendo-se observado os maiores decréscimo­s populacion­ais nos municípios de Machico, Santana e Porto Moniz ( menos 8,8%, menos 8,6% e menos 8,5%, respetivam­ente).

Em 2018, a densidade populacion­al da Madeira era de 316,8 habitantes por km2. Já a proporção de jovens (população com menos de 15 anos) continuou a diminuir em 2018, representa­ndo 13,5% da população total (13,9%, em 2017) e a proporção de idosos (população com 65 ou mais anos) manteve também a tendência crescente dos últimos anos, atingindo 16,7% da população residente.

Em 2018, também diminuiu ligeiramen­te o número médio de filhos por mulher, traduzido pelo índice sintético de fecundidad­e, situando-se em 1,15 filhos por mulher (1,16 em 2017).

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A Região registou, em 2018, mais 216 óbitos do que no ano anterior e menos 41 nascimento­s.

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