Saldo natural é o mais baixo da última década
Regresso dos emigrantes da Venezuela não foi o suficiente para contrabalançar o aumento do número de óbitos e a quebra na natalidade.
Só Santa Cruz e Porto Santo apresentaram taxas de crescimento efetivo positivas
ARegião registou, em 2018, mais 216 óbitos do que no ano anterior e menos 41 nascimentos, indicadores que se revelaram determinantes no acentuar da diferença entre o número de nados vivos e o número de óbitos. De acordo com a Direção Regional de Estatística, o saldo natural neste pe
ríodo constitui o segundo valor mais baixo desta década, menos 993 do que em 2014.
As estimativas da população residente na Região, em 31 de dezembro de 2018, apontam para as 253.945 pessoas, 118.585 homens e 135.360 mulheres. Apesar de mais suavizada, manteve-se, assim, a tendência de decréscimo populacional encetada em 2011, significando uma redução de 423 pessoas face a 2017 e uma taxa de crescimento efetivo negativa.
O saldo natural negativo, que traduz um número de óbitos superior ao de nascimentos (-811) foi determinante para a evolução que a população residente da Região em 2018. Não obstante o regresso dos emigrantes da Venezuela, este indicador não teve dimensão suficiente para contrabalançar o valor do saldo natural.
À exceção dos municípios de Santa Cruz, com crescimento da ordem dos 7,4 %, e do Porto Santo, que cresceu 0,6%, todos os restantes municípios da Região apresentaram taxas de crescimento efetivo negativas, tendo-se observado os maiores decréscimos populacionais nos municípios de Machico, Santana e Porto Moniz ( menos 8,8%, menos 8,6% e menos 8,5%, respetivamente).
Em 2018, a densidade populacional da Madeira era de 316,8 habitantes por km2. Já a proporção de jovens (população com menos de 15 anos) continuou a diminuir em 2018, representando 13,5% da população total (13,9%, em 2017) e a proporção de idosos (população com 65 ou mais anos) manteve também a tendência crescente dos últimos anos, atingindo 16,7% da população residente.
Em 2018, também diminuiu ligeiramente o número médio de filhos por mulher, traduzido pelo índice sintético de fecundidade, situando-se em 1,15 filhos por mulher (1,16 em 2017).