Dívida aos hospitais privados quase no fim
Osecretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, disse ontem que os pagamentos aos hospitais privados estão a ser regularizados e que até ao final do ano devem estar totalmente regularizados.
O secretário de Estado comentava à Lusa a notícia divulgada pelo jornal Público, segundo a qual a “falta de pagamento ameaça cirurgias de doentes em lista de espera”.
De acordo com o jornal, os hospitais privados que recebem doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), para cirurgias ao abrigo do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), queixam-se de atrasos nos pagamentos. Já haverá médicos que se recusam a operar, segundo o jornal.
A informação é “um sinal de
alerta para que os hospitais promovam mais rapidamente os pagamentos em atraso”, disse Francisco Ramos à Lusa, garantindo que as dívidas não aumentaram este ano e que ao contrário “tem havido um reforço de financiamento”, pelo que até ao final do ano, ou mesmo antes, a seguir ao verão, “os pagamentos em atraso estarão próximo do zero”.
O secretário de Estado admitiu que o atraso nas cirurgias, que leva a que tenha de se recorrer aos privados, pode decorrer ainda dos efeitos das recentes “greves cirúrgicas” dos enfermeiros.
E disse que a haver casos de médicos que se recusam a operar serão sempre pontuais e pouco significativos.