Madeira está a perder cinco residentes por dia desde 2011
A Madeira perde consecutivamente residentes desde o início de 2011. Os dados demográficos da região revelam que essa perda foi de 14.020 pessoas.
População baixou de 267.965, em 2010, para 253.945, em 2018
ARegião Autónoma da Madeira está a perder uma média de cinco residentes por dia desde 2011. Os dados demográficos da Direção Regional de Estatística, publicados sextafeira, indicam que no final de 2018 havia 253.945 residentes na região, menos 14.020 do que os 267.965 existentes no fim de 2010, o que corresponde a uma perda anual média de 1.752 pessoas.
A tendência de decréscimo da população residente mantém-se ininterruptamente desde o início
de 2011, contrariando a subida de vinha acontecendo nos anos anteriores de 2009 (266.715) e 2008 (265.138).
Apesar do Funchal ter perdido 7.861 habitantes desde 2011 até ao momento, continua a ser o concelho mais populoso da região com 104.129 residentes, em 2018, num pódio onde é possível também encontrar Santa Cruz (44.744) e Câmara de Lobos (33.732). O Porto Moniz mantém-se como o concelho com menos população da região ao registar apenas 2.350 residentes. Os dados da Direção Regional da Estatística revelam, por outro lado, que a Madeira tem mais 17.160 mulheres do que homens e que as mulheres estão em maior número em todos os concelhos. No Funchal, por exemplo, viviam no final de 2018 mais 8.517 mulheres do que homens.
De acordo com a estatística revelada na última sexta-feira, na região residiam 42.298 idosos no final do ano transato, dos quais 4.620 tinham 85 e mais anos. Por outro lado, aqueles tinham 19 e menos anos eram 50.486. A estatística mostra também que o ano passado nasceram 1.919 bebés (953 meninos e 966 meninas) e o mês de janeiro foi o que teve mais nascimentos (185). A maioria das mães estava empregada à data do parto (1.329), mas havia ainda 37 casos de mulheres que procuravam o primeiro emprego e 290 que buscavam um novo emprego.
A maioria dos 1.919 nascimentos registados em 2018 foram gerados fora do casamento (1057). Destes, em 590 casos havia coabitação entre os pais e em 467 não. Os nascimentos gerados dentro do casamento foram 862.
Quanto à idade da mãe no dia do nascimento do bebé, em 43 situações tinham entre 15 e 19 anos; em 195 entre 20 e 24 anos; em 438 entre 25 e 29 anos; em 601 entre 30 e 34; em 499 entre 35 e 39 anos; em 128 entre 40 e 44 anos; e em 15 entre 45 e 49 anos.
A estatística revela, por outro lado, a instrução do pai à data do nascimento. Assim, 824 dos pais tinham algum ou todos os ciclos básicos, 611 tinham o ensino secundário e 451 o ensino superior. No caso das mães, em 550 das situações tinham até o nono ano de escolaridade, 693 tinham o secundário e 664 o ensino superior.
Sobre os óbitos, a estatística demográfica regional mostra que faleceram 2.730 residentes na região, e que o mês de fevereiro foi o que teve mais falecimentos (298). Do total, 903 tinham 85 ou mais anos e 4 ainda não tinham feito um ano. Houve ainda sete fetos-mortos.
Já quanto aos casamentos, os números da Direção Regional de Estatística revelam que houve 959 no total, dos quais 940 foram entre pessoas de sexo oposto e 19 entre pessoas do mesmo sexo (10 masculino e 9 feminino). A forma de celebração dos casamentos foi maioritariamente civil (658), havendo ainda 299 casamentos católicos e dois de outra forma. A esmagadora maioria dos casamentos foi em regime de comunhão de adquiridos (701). Com separação de bens realizaram-se 83 celebrações.