Jornal Madeira

Luta às desigualda­des “não pode terminar”

- CONVENÇÃO

Osecretári­o-geral do PS defendeu ontem em Viseu, na abertura da primeira de quatro convenções temáticas do partido, que o combate às desigualda­des no país “não pode terminar” e que esse processo implica mudar comportame­ntos. “As desigualda­des são um combate que não pode terminar, porque há sempre novos desafios que ameaçam pôr em causa a igualdade já conquistad­a, e um dos desafios centrais tem a ver com a transição para a sociedade digital”, afirmou António Costa.

O também primeiro-ministro lembrou que este desafio “vai exigir novas competênci­as a quem está na escola”, mas “não pode deixar de fornecer novas qualificaç­ões às gerações que já estão no mercado de trabalho”.

“Não podemos ficar para trás ou impedir que o país vá para a frente. Não, nós temos de ter a ambição de conseguir pôr o país na linha da frente sem que ninguém fique para trás, sem que nenhuma região fique para trás, sem que nenhuma criança ou adulto ou idoso, outro território fique para trás. É mesmo essa ambição que temos para fazer ainda mais e melhor em matéria de desigual

António Costa na abertura das convenções temáticas do PS, em Viseu

dades”, assumiu.

O secretário-geral do PS lembrou, ainda, o trabalho realizado desde que assumiu o Governo, em 2015, afirmando que as medidas tomadas “fizeram diminuir a desigualda­de de rendimento­s”, mas “é preciso fazer mais” na próxima legislatur­a. “Se queremos ter um programa, tem de ser dirigido ao conjunto da sociedade e o tema da desigualda­de salarial é um exemplo essencial. Já temos a igualdade salarial na constituiç­ão, na lei e até em todos os contratos de trabalho, mas temos uma enorme desigualda­de e isso implica efetivamen­te mudar os comportame­ntos”, defendeu.

Perante um auditório de 200 lugares lotado, António Costa aludiu aos temas das próximas convenções - alterações climáticas, demografia e sociedade digital - para referir que também nestas temáticas “é preciso mudar de atitude”. “Nas alterações climáticas não basta termos a ambição de termos a neutralida­de carbónica em 2050, isso implica mesmo que cada um de nós altere os seus hábitos de vida para darmos o nosso contributo para que possa ser diferente”, desafiou.

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António Costa apresentou dados das “conquistas desde 2015”.

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